Tempestade Cláudia atrasa a colheita de azeitona na região

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Qua, 19/11/2025 - 09:00


Para o presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros o atraso é “benéfico”

A depressão Cláudia atrasou a colheita de azeitona na região. O presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, Luís Rodrigues, esclarece que este atraso é benéfico, uma vez que em alguns locais a maturação também estava atrasada. “A maturação estava atrasada, portanto não foi mau estar-se à espera mais um bocadinho. Durante o verão nunca choveu. Penso que temos a ganhar se a campanha se atrasar entre uma a duas semanas”.

E diz ainda que a cooperativa está bem preparada para receber a azeitona e não haverá constrangimento na hora da entrega do fruto. “Fizemos um investimento de 800 mil euros. A nível de equipamento estamos mais que salvaguardados”.

Já o presidente da Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro, Francisco Pavão, destaca que a qualidade é boa. “Do que nos é dado a provar, a qualidade é extraordinária. Mais uma vez, uma região como Trás-os-Montes, que não tem condições para produzir em quantidade, consegue ter uma qualidade diferenciada”.

O grande problema continua a ser a falta de regadio. “Grande parte dos olivais são de sequeiro. Não é porque os agricultores não queiram regar, é porque não temos estruturas de regadio que permitam que os olivicultores reguem as suas explorações”.

Alargar o perímetro de regadio do Azibo, utilizar a água do Baixo Sabor para aproveitamento agrícola e investir em microestruturas de armazenamento de água são exemplos apontados pelo presidente da APPITAD para uma produção agrícola sustentável e aproveitamento das águas pluviais.

Escrito por Onda Livre (CIR)

Jornalista: 
Carina Alves