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Cidadão do Portelo multado por engano

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Qua, 06/08/2008 - 08:10


Um habitante do Portelo, concelho de Bragança, recebeu uma multa sobre uma infracção cometida em Setúbal, onde garante que nunca esteve. Além disso, na data em que foi autuado Fernando Martins ainda não era proprietário do veículo da matrícula que foi multada.

 

Esta história tem ainda outra incongruência. É que a viatura autuada não corresponde ao veículo que este indivíduo possui.

 

A multa está datada de 27 de Novembro de 2007, mas Fernando Martins só a recebeu em casa há coisa de uma semana. O auto era referente a um estacionamento reservado a deficientes em Setúbal. Mas este indivíduo garante que nunca lá esteve.

 

Segundo o auto a que tivemos acesso, tratava-se de um veículo ligeiro de passageiros, não correspondendo assim à viatura conduzida por Fernando Martins, por ser uma moto. Diz que só a usa para se deslocar entre as aldeias de Portelo e França, onde reside e trabalha. “Nunca fui a Setúbal, nessa altura estava a trabalhar, e a moto só a levo de Portelo a França”, garante Fernando Martins referindo que “eu não estou disposto a pagar a multa porque não fui eu, eu nunca fui a Setúbal”.

  

Além disso, a multa está datada de 27 de Novembro de 2007. Nesta altura, a mota de Fernando Martins ainda não tinha a matricula que foi autuada uma vez que teve de fazer a actualização desse dístico e que só recebeu em Fevereiro de 2008. “Eu não tenho carro, tenho mota, se fosse a minha mota que estivesse lá estacionada tinha que ter a matricula antiga, daquelas que tem a abreviatura do concelho”, defende a vítima do engano.

  

O comando da divisão de Trânsito do Seixal, área à qual pertence a esquadra da PSP de onde foi emitido o auto, admite que houve um erro na transcrição da matricula e garante que a multa vai ser anulada, como refere a sub-intendente Virgínia Oliveira. “O que se verificou foi um erro da transcrição da matrícula, o agente ao retirar a matrícula, em vez de colocar uma letra colocou outra, que corresponde a um veículo completamente diferente da que praticou a infracção”, explica a sub-intendente Virgínia Oliveira sublinhado que “nós podemos resolver esta situação e vamos resolver informando a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que houve um lapso e pedindo a anulação do auto”.

 

Fernando Martins não terá assim de pagar os 60 euros de multa por uma infracção que não cometeu.