Qua, 10/11/2010 - 11:33
Beraldino Pinto recorda que as medidas de contenção social impostas pelo governo se fazem ressentir nas autarquias e que ainda este ano o município vai sofrer um corte de 417 mil euros. Por isso, a medida é inevitável.
“A opção é entre reduzir um pouco os apoios apara todos ou então ter que cortar doutra forma a actividade cultural, desportiva das associações. Entendeu-se fazê-lo desta forma em vez de, por exemplo, fazer um concurso e apoiar apenas algumas das colectividades. Mas não nos pareceu justo porque têm todas mérito na actividade que desenvolvem e vamos tentar que, com esta redução, se consigam manter os níveis de prestação de serviços”, disse o autarca.
Para manter o trabalho destas colectividades, Beraldino Pinto considera que os cidadãos se devem empenhar mais.
“Reforçando o apoio, o empenho dos protagonistas, das pessoas, da sociedade civil a contribuir mais um pouco... Seja para os clubes, seja para as associações recreativas, dar-mos um pouco mais de nós em termos individuais, aliviando as instituições, nomeadamente neste caso a Câmara Municipal que também está sujeita aos cortes.”
Por causa disso, o presidente do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros antevê um futuro negro para a instituição.
Fernando Melo não concorda com esta posição da autarquia.
Tendo em conta que no concelho e na região o sector empresarial é de pequena dimensão, Fernando Melo refere que será preciso baixar os ordenados aos jogadores e como consequência será difícil manter o clube no patamar em que está.
“Um futuro um tanto escuro, porque se a autarquia cortar ao orçamento do clube é preciso baixar o vencimento de jogadores e isso vai trazer dificuldades ao Macedo, para que se mantenha no patamar em que está. Não entra dinheiro de empresas porque não temos unidades empresariais de renome no concelho e na região”.
Quanto à possibilidade de haver um maior apoio por parte da sociedade civil às instituições concelhias, como sugeriu o autarca Beraldino Pinto, o presidente do clube considera que não será solução porque também os munícipes sentem a crise.
“Não há investimentos em novas empresas, e as pessoas não têm dinheiro para poder distribuir como faziam há 15 ou 20 anos. Aquilo que havia como o Loto e o Quino e outros jogos que se faziam a nível do clube são agora clandestinos e são recursos financeiros que não podemos ir buscar. Se não for a autarquia e os sócios, pouco mais se pode fazer”.
O complexo desportivo sofreu obras de melhoramento há pouco tempo e a nova estrutura possibilita o aparecimento de novas modalidades. Contudo, Fernando Melo diz que será difícil por falta de recursos humanos.
Escrito por CIR