Iniciativa Emprego promete dar trabalho a mais de três mil pessoas no distrito

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Qua, 28/04/2010 - 09:27


Ajudar as empresas a criar mais postos de trabalho. Esse é o objectivo da Iniciativa Emprego 2010, que ontem foi dada a conhecer aos empresários do distrito de Bragança pelo vice-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional.  

“É um programa amplo que o Governo desenhou especialmente para enfrentar a os efeitos que a crise tem no mercado de trabalho e organizam-se em torno de três preocupações” refere Alexandre Rosa, explicando que uma diz respeito a “medidas que visam criar a manutenção de emprego, com medidas que permitam às empresas manter as pessoas que estão a trabalhar”.

“Depois há um eixo orientado para a ajuda à inserção profissional de jovens” através de “estágios profissionais e apoio à contratação de jovens e ainda um conjunto de medidas orientadas para ajudar a que os desempregados regressem rapidamente ao emprego”.

 

O objectivo para 2010 é envolver 3200 pessoas em todo o distrito de Bragança.

“Se completarmos isto com as metas que temos para a formação, no distrito de Bragança que são 4800, estamos a falar de cerca de 8000 pessoas envolvidas no distrito” adianta o responsável, revelando que “actualmente no distrito temos cerca de 7000 desempregados”.

 

As medidas ontem apresentadas aos empresários do distrito vão desde a redução nas contribuições para a Segurança Social, um programa qualificação-emprego, para ajudar as empresas que tenham de suspender o trabalho por algum tempo, estágios profissionais, apoio à contratação de jovens e de ex-estagiários e, pela primeira vez, apoios à contratação a termo, desde que o trabalhador tenha mais de 40 anos e esteja desempregado há mais de nove meses.

 

Medidas que dividiram os empresários presentes na sessão pública de apresentação deste programa.

“Eu acho interessante porque neste momento estou numa dessas iniciativas e apoiam bastante que é o que gente precisa” considera Raquel Azevedo Reis, proprietária de uma tabacaria de Mirandela. “São sempre bem vindas mas já deviam ter sido apresentadas, porque atravessamos graves dificuldades e qualquer ajuda aos empresários é sempre bem-vinda” refere João Paulo Preto, gerente de uma empresa de construção civil de Bragança.

Já Joana Serra, proprietária de um supermercado de Bragança, diz que “enquanto empresária não me vem resolver muito porque o meu problema é falta de gente para trabalhar porque com o ordenado que eu consigo oferecer ninguém me aparece para trabalhar”.

 

Mas o vice-presidente do IEFP sublinha que estas medidas visam precisamente o contrário, ajudar os empregadores e não pagar aos empregados para estarem quietos.

“Há um conjunto de regras em que as pessoas são obrigadas a aceitar o emprego, mas se isso acontecer nós pedimos aos empresários que nos informem e perdem o subsídio de desemprego” afirma.

 

Para além disso, existe ainda uma outra iniciativa mais virada para as autarquias e Instituições Particulares de Solidariedade Social, os contratos emprego-inserção, que visam dar oportunidade às pessoas que estão a receber subsídio de desemprego de receber ainda mais uma bolsa de 20 por cento para desempenhar funções socialmente úteis como limpar ruas ou monumentos.

Uma medida que em 2009 envolveu 60 mil pessoas.

Escrito por Brigantia