Formar empresários e trabalhadores para ultrapassar a crise

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Ter, 16/06/2009 - 09:15


Melhorar as empresas do distrito de Bragança para fazerem face à crise. É o objectivo do programa MOVE PME, apresentado ontem aos empresários do distrito, que vêem aqui uma porta para dar formação aos seus trabalhadores e conseguirem as certificações de qualidade exigidas actualmente.

Benvinda Catarino coordena este projecto, de âmbito nacional, e garante que as empresas vão sair a ganhar.

 

“Quer os empresários quer os trabalhadores vão ter oportunidade de fazer formação. Por outro lado vamos implementar melhorias nas empresas, que têm de ser mais robustas, mais qualificadas e mais competitivas. Desenvolvemos projectos para micro-empresas, até dez trabalhadores, executados entre seis e nove meses. Os projectos das PMEs, até cem trabalhadores, vão durar entre nove e 12 meses”, explicou.

 

Para além da vertente de formação em áreas como ambiente, segurança, segurança alimentar ou gestão geral e estratégica, as empresas ficam preparadas para pedir uma certificação de qualidade.

“O projecto não engloba a certificação, que é feita por uma entidade independente. Mas as empresas vão chegar ao final do projecto com o seu sistema preparado para ser auditado por uma entidade certificadora”, concluiu. 

Para já, os empresários do distrito mostram-se convencidos, especialmente com essa possibilidade.

 

“São sempre ideias inovadoras. Da forma que as coisas estão, há que apostar em certificações de qualidade e na melhor organização e gestão das nossas empresas”, comentou Luís Neves, de uma empresa de publicidade. João Carlão, empresário na área do turismo e restauração, defende que “o objectivo é tentar certificar e fazer com que o pessoal tenha um método de trabalho”. “É isso que nós precisamos. Por muita formação que se tenha, há sempre coisas que não funcionam por falta de conhecimentos”, sublinha. Por seu turno, João Vieira, dono de uma pastelaria, as empresas ganham “organização interna”. Por outro lado, “uma empresa certificada tem mais prestígio em termos de confecção”.

Ao todo foram 52 as empresas do distrito de Bragança a aderir a este projecto sem custos para os empresários.

A garantia é deixada por Rui Vaz, presidente do NERBA – Núcleo Empresarial da Região de Bragança.

 

“Quem paga são os fundos comunitários. Os custos para as empresas são apenas sacrificar um pouco o tempo dos seus trabalhadores para se qualificarem e isso se traduzir em mais-valia para o seu desempenho”, assegura.

 

O MOVE PME vai decorrer até ao final de 2010 e envolver um total de 1700 empresas.

Escrito por Brigantia