Ajudas comunitárias desperdiçadas pelo Governo

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Qui, 04/06/2009 - 09:26


As ajudas comunitárias não estão a chegar às pessoas por culpa do Governo. A acusação foi feita por Carlos Coelho, eurodeputado no Parlamento Europeu e candidato do PSD às eleições de 7 de Junho.  

Num debate promovido pelo Instituto Politécnico de Bragança, o numero dois da lista social-democrata atribuiu ao Governo socialista a responsabilidade de os fundos do QREN ainda não terem sido aplicados.

 

“Não foi a Europa que disse ao Governo português que a partir de Janeiro de 2007 tinha de começar a gastar fundos europeus. Foi o Governo”, diz Carlos Coelho, que diz que “passou 2007 sem gastar nada e 2008 sem gastar nada”. “Em Maio de 2009, o nível de gastos do QREN correspondem apenas a quatro por cento. Mas como estaria Portugal na capacidade de resistir à crise financeira internacional se tivéssemos começado a aplicar os fundos em Janeiro de 2007?”, interroga-se.

 

No interior do país, onde a agricultura ainda é uma das principais actividades económicas, Carlos Coelho espera que a Europa saiba fazer uma leitura inteligente das necessidades no âmbito da revisão da PAC.

 

“Se isso de adapta ou não a Portugal depende da nossa capacidade toda. De os deputados europeus aprovarem emendas que tenham atenção especial a Portugal, depende da Comissão Europeia não fazer propostas lesivas para Portugal e depende do Ministro da agricultura e secretário de Estado garantirem que as decisões são simpáticas para Portugal. Mas depende também de todos nós cá”, defende.

 

Estando numa instituição de ensino superior, o candidato também não esqueceu o emprego.

Uma das propostas do PSD para as europeias é a criação do ERASMUS-emprego.

Carlos Coelho explica em que consiste.

 

“Há muitos jovens portugueses que têm informação sobre oportunidades de emprego lá fora. Mas ou porque não querem correr riscos ou porque não têm capacidade financeira para correr esses riscos não vão lá para fora. Se conseguirmos garantir a existência de um programa europeu que financie essa mobilidade, vamos ter a capacidade de os jovens portugueses disputarem o mercado de emprego noutros países.”

 

Esta foi a última conferência-debate sobre as eleições europeias promovidas pelo IPB.

O eurodeputado do PSD apelou ao voto no próximo domingo para que Portugal não continue a ter níveis de abstenção superiores à média europeia.

   Escrito por Brigantia