"As pessoas sabem exatamente aquilo que querem" segundo Hernâni Dias eleito deputado pela AD

A AD venceu no distrito com 43,74% dos votos.

Hernâni Dias mostrou-se satisfeito com o resultado e, apesar de toda a polémica em que esteve envolvido enquanto presidente da câmara de Bragança e secretário de Estado, realça que ter sido eleito só prova uma coisa. “As pessoas sabem exatamente aquilo que querem, em quem acreditar e nos projetos que são válidos para elas próprias. Fizemos aquilo que nos competia, independentemente de mais polémica, ou menos polémica, as pessoas querem é gente de trabalho, gente que faça aquilo que é importante ser feito e da minha parte sinto-me perfeitamente tranquilo e confortável, porque sei o trabalho que fiz, sei quais são as minhas motivações para estar neste projeto e quero continuar com a mesma ambição”, afirmou.

Em 2024, Hernâni Dias também foi eleito deputado, mas acabou por fazer parte do Governo, sendo secretário de Estado do Ordenamento do Território. Quase um ano depois, demite-se devido à polémica da lei dos solos. Agora confrontado com a possibilidade de voltar a fazer parte do Governo, disse estar “focado em ser deputado”.

Júlia Rodrigues, a ex-autarca de Mirandela, foi eleita deputada pelo PS. O Partido Socialista conseguiu 25,43% dos votos no distrito, quando há um ano ultrapassou os 29%. Uma queda que não estavam à espera. “Tivemos uma derrota que não estávamos à espera. Tudo fizemos para vencer as eleições, mas temos de respeitar dos eleitores do distrito. Vai obrigar-nos a uma reflexão interna a nível regional, a nível nacional. O mais surpreendente é o crescimento do partido Chega em relação àquilo que eram os resultados de há um ano. Vejo isso com alguma preocupação”, disse.

Já o Chega voltou a não eleger um deputado na região. Nas últimas legislativas, Bragança foi o único distrito do país que não elegeu deputado deste partido e o cenário mantém-se. O candidato José Mesquita estava confiante de que iria conseguir, mas não aconteceu. Justifica a derrota com as cores políticas já enraizadas no distrito. “É estranho. Este distrito tem fidelidade ao PSD. Em relação ao PS estive muito próximo de conseguir ultrapassá-los no distrito, mas há uma fidelidade grande [ao PSD] e eu não entendo porquê, depois de se saber as notícias que se ouvem. Acho que não estão a acautelar o futuro dos jovens, que eram as nossas propostas e ideias”, criticou. Nestas eleições, o Chega conseguiu 20,42% dos votos, sendo que no ano passado obteve 18,19%.

Escrito por Brigantia