Seg, 28/04/2025 - 10:56
O prazo para a limpeza dos terrenos foi alargado. Agora as pessoas têm até 31 de maio para limpar as suas propriedades.
Nesta fase a Guarda Nacional Republicana está a visitar as aldeias e sensibilizar os moradores para a limpeza das propriedades.
“Neste caso temos um monte que devia ter uma faixa limpa de 50 metros e parte dos pinhos também deviam estar afastadas das casas 50 metros e as copas dez metros entre si. Além de que devia estar desramado desde o solo até à copa quatro metros”, explicou um guarda-florestal.
Enquanto o guarda-florestal explicava, José Vara ia ouvindo. Ainda não fez a limpeza nas suas propriedades, mas reconhece que é preciso. Admite que fazer estes trabalhos fica caro para a carteira, até porque muitos idosos vivem com uma reforma muito baixa. “Fica-me bastante caro, mas tem de se limpar. Devo gastar algumas centenas, com gasolina e fio. Sou eu que faço a limpeza e mais uma ou duas pessoas à jeira”, disse.
Para já, a GNR está a sensibilizar e a identificar os terrenos que não estão limpos, notificando os proprietários. “Quando sinalizamos um terreno, procuramos junto da junta de freguesia, associação de caçadores, associação de baldios, perceber de quem é o terreno e chegar à conversa com essa pessoa, sensibilizá-la para a necessidade da limpeza”, explicou o major Hernâni Martins, do Comando Distrital da GNR.
A partir de 1 de junho começa a fiscalização e a aplicação de coimas. No ano passado, a GNR identificou mais de 270 locais, mas depois de notificados os proprietários, foram aplicadas apenas 23 coimas. Hernâni Martins considera que a população está cada vez mais consciente da importância da gestão de combustível.
A limpeza deve ser feita numa faixa de 100 metros à volta de um aglomerado populacional e numa faixa de 50 metros de uma habitação que esteja isolada. Mesmo junto aos terrenos agrícolas, se houver um espaço florestal, a gestão de combustível é obrigatória. Para os incumpridores as coimas podem ir dos 140 aos 50 mil euros.
Escrito por Brigantia
