Futebol: Rui Borges aponta para a manutenção do Vilafranquense e quer tentar andar perto dos lugares cimeiros

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Ter, 28/06/2022 - 11:29


O mirandelense Rui Borges começa hoje um novo desafio na sua ainda curta carreira de treinador.

Depois do Nacional da Madeira, o técnico, de 40 anos, vai liderar o Vilafranquense na segunda Liga e o objetivo é fazer melhor que o 12º lugar alcançado na temporada passada, ou seja, "garantir rapidamente a manutenção". Mas, Rui Borges não esconde que a ambição passa até “por andar perto dos primeiros lugares e dar esse crescimento também a nível daquilo que é desportivo, ao crescimento em termos de estrutura do clube. E nós estamos felizes por nos darem essa oportunidade e por fazer parte desse crescimento”, adianta.

Tal como na época passada, o Vilafranquense não vai poder utilizar o seu estádio, devido à falta de condições do campo do Cevadeiro, com os jogos em casa a serem realizados em Rio Maior. Rui Borges admite que “é um fator negativo”, mas acredita que toda a estrutura em conjunto saberá ultrapassar e não irá afectar o rendimento da equipa. “Eles têm tentado ao máximo fazer com os jogadores se sintam em casa. Em Vila Franca de Xira treinamos, jogamos em Rio Maior, fizeram agora um tratamento bastante bom do relvado de Vila Franca, por isso, agora o nosso trabalho passará quase sempre pela casa mãe, infelizmente no dia de jogo será em Rio Maior”.

Apesar de assegurar que quer dar passos seguros e firmes na sua carreira, confessa que a sua ambição é "treinar uma equipa da primeira liga” e deixa entender que até já foi sondado para tal, mas o facto de ainda não ter o nível quatro do curso de treinador tem sido um entrave.

Sobre esse assunto, Rui Borges lamenta toda a burocracia em volta da abertura dos cursos de treinador. “Acho bem que os cursos têm que se tirar, acho muito bem que seja obrigatório, mas o de nível quatro ainda não abriu. Acredito e espero que abra na próxima época e que assim consiga entrar. Acaba por ser um pouco frustrante porque temos de andar na segunda Liga sempre a mostrar algum trabalho, porque o comboio as vezes só passa uma vez e nós temos que mostrar competência ano após ano, para manter acesa a chama de chegar a Primeira Liga.”

Trata-se do quarto clube do segundo escalão que Rui Borges orienta, depois de Académico de Viseu, Académica de Coimbra e o Nacional da Madeira, clube onde alcançou a sexta posição, na última época.

Iniciou a carreira como treinador no S.C. Mirandela, em 2017, no Campeonato de Portugal, o clube do seu coração que acabou de descer ao distrital de Bragança. Rui Borges confessa que ficou “muito triste”, mas acredita que o clube vai regressar em breve aos nacionais. “Acaba por ser um bocadinho ingrato para os jogadores que tão boa conta deram na fase regular e também ingrato para o Rafael, pois acho que tem muita competência enquanto treinador. As pessoas criticam, mas também tem que perceber que não é só criticar porque a equipa desceu, é preciso perceber que o clube tem fracos recursos financeiros e não tem sido fácil gerir as coisas e não estou a puxar o saco ao presidente, é uma pessoa de que gosto, jamais me vou esquecer, até porque teve a coragem em apostar em mim como treinador.”

O treinador natural de Mirandela vai começar a sua nova aventura no Vilafranquense, com a pré-temporada a arrancar esta terça-feira.

Com Rui Borges seguiram para Vila Franca de Xira, o brigantino Fernando Morato (preparador físico) e o valpacense Ricardo Chaves (técnico-adjunto).

Escrito por Rádio Terra Quente (CIR - Cadeia de Informação Regional)