Júlia Rodrigues recandidata-se a presidente da câmara de Mirandela

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Seg, 26/07/2021 - 17:19


A dois meses das eleições autárquicas, a confirmação do que já era esperado. Júlia Rodrigues recandidata-se ao cargo de presidente da Câmara de Mirandela, nas autárquicas de 26 de Setembro, cargo para o qual foi eleita em 2017, com mais 840 votos do que o anterior autarca, o social-democrata António Branco.

“Pela nossa Terra”, é o lema da candidatura alegando que a sua missão não se esgota em quatro anos. “Pretendemos a continuidade do trabalho que começou em 2017, porque foi curto para executarmos todos os projetos, mas agora temos uma abordagem diferente, mais experiência em todas as matérias de gestão autárquica, e estamos prontos para poder aproveitar os projetos que podemos vir a ter no âmbito do plano de recuperação e resiliência e no programa 2030”, referiu.

A candidata socialista reitera que cumpriu “praticamente todos os compromissos” assumidos na campanha eleitoral de 2017. “Conseguimos erguer financeiramente a câmara e ao mesmo tempo reduzir as incidências do IRS e IMI, devolvendo espaço económico às famílias, conseguimos humanizar a gestão, desenvolver instrumentos fundamentais para o complexo Agro-industrial do Cachão, para a revitalização da zona industrial, para a renovação da nossa zona histórica, conseguimos identificar e potenciar a atração de investimento com projetos que já não regridem e trouxemos vida ao rio Tua com uma prática desportiva em afirmação mundial, como é a canoagem”, disse.

Ainda assim, a atual autarca socialista lembra que o mandato foi afetado pela pandemia. “Experimentamos dificuldades, vivemos um tempo muito difícil e único na nossa história, mas também aqui estivemos à altura com a implementação de algumas medidas para mitigar o impacto nas famílias e no comércio local”, adianta.

Para os próximos quatro anos, caso seja reeleita, Júlia Rodrigues ambiciona não desperdiçar as oportunidades que o plano de recuperação e resiliência pode proporcionar e avança que a primeira prioridade vai para o emprego. “A dinamização e a criação de empregos de jovens qualificados é fundamental para a sua fixação”, revelou.

Júlia Rodrigues elege ainda a saúde, a educação, a economia, o turismo e a coesão social como áreas de atuação para projetos e iniciativas, elencando um pacote de mais de 90 medidas, entre elas, estão a criação de um centro materno-infantil, um centro de saúde mental, um centro de negócios e serviços partilhados, um centro tecnológico especializado com apoio do IPB no setor agro-alimentar e um centro de alto rendimento para atletas de canoagem.

A candidata socialista diz ainda que pretende dinamizar uma política intermunicipal integrada para revitalização do Complexo Agro-industrial do Cachão, criar bolsas de habitação para arrendamento jovem, apoiar a mobilidade geográfica.

Por Mirandela, estão agora confirmados quatro candidatos à câmara: Júlia Rodrigues pelo PS, Duarte Travanca pelo PSD, Maria Helena Chéu, pelo CDS e Manuel Mateus pela CDU.

Nesta sessão, que decorreu no Museu Municipal de Mirandela, foi apresentado o cabeça de lista à Assembleia Municipal. O médico mirandelense Francisco Esteves, que há 28 anos é diretor do serviço de medicina intensiva do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, foi o escolhido para suceder a Luís Guimarães, o atual presidente da Assembleia Municipal, que já tinha anunciado a sua intenção de não se recandidatar.

“Reconheço o enorme mérito do trabalho desenvolvido ao longo deste mandato e parecem-me muito questionáveis as críticas de alguns setores oriundos da oposição como se Júlia Rodrigues e a sua equipa estivessem no poder há mais de 30 anos e não do enquadramento de um mandato que tem sido exercido em circunstâncias muito difíceis e numa realidade muito particular”, referiu Francisco Esteves que justifica ter aceitado este desafio porque “percebi que não podia ficar indiferente ao convite e que era tempo de dar o meu humilde contributo em prol da defesa e do desenvolvimento da minha terra”, concluiu.

Foram ainda apresentados 26 candidatos às juntas de freguesia, mais 3 do que em 2017, entre eles estão 4 atuais presidentes de junta, eleitos pelo PSD - Eurico Carrapato (Alvites), Cláudia Afonso (Múrias), Manuel Fraga (Vale de Asnes) e André Geraldo (União de Freguesias de Freixeda e Vila Verde) - e outros dois, eleitos em 2017 por movimentos independentes – Manuel Fontes (Aguieiras) e Rui Melo (Vale de Gouvinhas).

Três atuais presidentes de junta, eleitos pelo PS, não se recandidatam: José Carlos Teixeira, em Frechas, que avança com uma lista independente, Vítor Correia, em Mirandela, que vai para a lista à câmara, ao que tudo indica como número dois, e ainda Mário Morais que não se recandidata em Mascarenhas.

Os socialistas não apresentem lista em quatro freguesias onde há candidaturas de movimentos independentes: Abambres, Frechas, Passos e União de Freguesias de Barcel, Marmelos e Valverde da Gestosa.

Escrito por Terra Quente (CIR)

Foto: Terra Quente