Qua, 13/11/2019 - 09:50
José Laranjo, presidente da RefCast, a humidade ajuda a que o fungo se propague. “Estamos a falar de uma podridão, umas manchas castanhas, que aparecem no interior das castanhas, e que depois provocam o seu aprodecimento. Com um bocado mais de humidade a doença propaga-se de forma assustadora provocando um aprodecimento quase instantâneo”.
Segundo José Laranjo, é possível verificar que existe uma relação entre a vespa das galhas do castanheiro e a propagação do fungo que dá origem à podridão da castanha. “As próprias galhas acabam por se constituir como focos, a partir dos quais se dá a dispersão do fungo. Os esporos depositam-se nas galhas, acabando por criar um micro-clima favorável, e depois contamina-se o resto da árvore”.
De modo a que a doença não se propague, o souto deve ser limpo e a castanha deve ser armazenada num local com temperaturas baixas. “Aconselha-se a uma limpeza do souto agora no pós colheita, ouriços e castanhas, porque são elas próprias os focos de infecção para o próximo ano. Além disso, a conservação das castanhas deve ser feita em ambiente o mais frio possível, estou a falar em dois graus, limitando muito o desenvolvimento do fungo”, explicou José Laranjo.
Até há data ainda não há tratamentos químicos eficazes para eliminar esta nova doença, mas já estão a ser feitas investigações.
Escrito por Brigantia
Foto: UTAD