Seg, 21/07/2025 - 08:23
A aldeia de Rio de Onor, no concelho de Bragança, conhecida por ser metade portuguesa e metade espanhola, voltou a abrir portas, no fim-de-semana, ao Festival D’ONOR.
A iniciativa celebra a cooperação transfronteiriça, o comunitarismo, os gaiteiros e a herança cultural, unindo os povos irmãos.
Uma das atividades que mais gente atrai à aldeia é uma ronda de adegas, em que os habitantes dão de beber, em suas casas, aos participantes. Isabel Rodriguez rumou ao festival pela primeira vez e não podia estar mais agradada. “Gosto muito de estar aqui. Gosto muito da festa, das gaitas, da junção dos dois países. Isto é estupendo. Temos o nosso copo e dão-nos de beber em todas as casas, é muito bom”.
O festival é organizado por uma associação de pessoas que não são da aldeia mas que têm um carinho muito especial para com a localidade e as pessoas. Para os habitantes de Rio de Onor, ver tanta gente ali a passar, é uma verdadeira festa. “Vem muita gente e há cada vez mais. Para nós é muito divertido receber esta gente toda”, contou Sofia Preto. “Atrai muitas pessoas e para nós é uma festa”, afirmou Isabel Costa. “As duas aldeias estão coladas, a portuguesa e a espanhola, e muita gente gosta de ver isso”, disse Vitória Chimeno.
O festival contou, pela primeira vez, com uma banda de outro país que não Portugal ou Espanha. A palco, no sábado, subiram os romenos Fanfare Ciocarlia. David Vaz, da Associação Montes de Festa, entidade organizadora, assinala que o foco não está perdido e que nesta baliza cultural cabe o mundo inteiro. “Isto abre porta para que possamos pensar nestas questões internacionais. Esta opção que tomámos nunca nos vai tirar do foco. O foco, a nível cultural, é preservar a identidade destas duas aldeias e mostrar às pessoas que, apesar de serem administrativamente diferentes, a parte cultural e os laços familiares são exatamente os mesmos. Agora, dentro dessa baliza cabe muita coisa, cabe o mundo inteiro e, por isso, é que este ano convidámos os Fanfare Ciocarlia”.
Esta foi já a sétima edição do Festival D’ONOR.
Escrito por Brigantia
