Sex, 11/02/2011 - 11:13
Jorge Novo, o presidente da junta, não cala a revolta.
“Nós espoletámos este processo junto das entidades com competência na matéria, fizemos lobby político junto do Secretário de Estado da altura, fizemos o acompanhamento da decisão da câmara municipal para instalação da farmácia o mais próximo possível da zona histórica, para servir a população e para que mais população jovem viesse para cá. E quando constatamos que vai ser instalada numa zona o mais distante da zona histórica ficamos indignados. Sabemos que legalmente é possível e que do Infarmed, câmara e junta, nada há a fazer. Mas que fique claro que achamos isso imoral”, sublinhou.
Jorge Novo entende que uma farmácia é um equipamento que tem de ser visto para lá do negócio.
“Esta farmácia vai para além da actividade económica. Não são só postos de vendas de medicamentos. São também de ajuda de promoção da saúde e acompanhamento dos anseios das pessoas. Além não serve os interesses da população da zona histórica.”
Por isso, deixa em aberto a possibilidade de tentar a instalação de mais uma farmácia na freguesia de Santa Maria.
“Vamos ter de ponderar porque face à legislação, não sei que procedimentos podemos ter. Ficámos satisfeitos a 80 por cento. Mas esta farmácia não serviu os propósitos pelos quais a junta lutou. E mesmo do ponto de vista económico havia boas soluções no centro histórico, se pensarmos em equipamentos sociais como a obra social Padre Miguel, a escola Miguel Torga, o novo centro escolar, a somar à população daqueles bairros, havia ali boas soluções.”
Jorge Novo acusa ainda os vencedores do concurso para a instalação de uma farmácia na freguesia de Santa Maria de, numa primeira fase e de forma informal, até terem concordado em abri-la junto ao centro histórico.
Escrito por Brigantia