Sex, 16/02/2024 - 08:53
A obra conta com 215 narrações. São lendas e contos que servirão para manter vivo algum património cultural transmontano. “O que este trabalho essencialmente reúne é um vasto conjunto de lendas e contos populares, que as populações dos meus rurais mantêm activos. Há também um estudo de natureza histórica e antropológica sobre esses conteúdos para quem ler estas obras saiba, não só o que as pessoas contam, mas também o que isso significa em termos de mensagens culturais, em termos da formação da identidade”, explicou o autor.
Um trabalho que Alexandre Parafita considera de extrema importância, nos tempos de hoje. “Um dia destes, quando a globalização se impuser já não se conhecerá o que as populações mais antigas têm para transmitir às novas gerações e este trabalho vai um pouco ao encontro dessa preocupação”, referiu.
O livro foi apresentado, na semana passada, em Vinhais, pelo director artístico do grupo de teatro Filandorra, sendo que foram teatralizadas algumas lendas e contos e entregue o certificado de narrador da memória a um conjunto de cidadãos do concelho, que “demonstraram capacidade de transmitir às novas gerações a memória cultural das suas comunidades”.
O autor garante que o trabalho não ficará por aqui, uma vez que está já a “desenvolver trabalho noutros concelhos”.
Prevê-se que o próximo ou próximos livros integrem também concelhos do distrito de Vila Real, já que o autor considera que a região, Trás-os-Montes e Alto Douro, é a “mais rica em património cultural imaterial”.
Escrito por Brigantia