Ter, 30/08/2011 - 11:10
Mas se, até agora, tiveram sempre casa cheia, o final das obras traz perspectivas de um futuro cinzento. ''Quando estas obras acabarem vai ser muito mau para o comércio, porque a restauração vai chegar o Inverno e vai ficar parada, obras está tudo parado, não há investimento. Não sei o que vai ser de nós'', refere Vitor Alves. Luis Raposo acrescenta '' que deviam fazer-se mais obras destas para desenvolver a nossa região, porque gente é sinónimo de dinheiro, se houver movimento já se vive melhor, e como o comércio é um ciclo, todos acabamos por viver e ter um nível de vida melhor''.
Sendo Miranda do Douro uma cidade turística, alguns empresários mostram-se expectantes quanto ao futuro.
Eduardo Assis e Bruno Gomes referem que os trabalhadores vão embora, mas as infra-estruturas ficam. E estas podem atrair novas pessoas. '' A nível de comércio e restauração tivemos muito mais gente, mas com o tempo esperamos benefecio destas obras, e com o tempo que recupere'', diz Eduardo Assis. Por seu lado Bruno Gomes, acrescenta que estas obras ''trazem mais refeições e o bem imediato, que é o dinheiro, deixam infra-estruturas que vão melhorar a nossa qualidade de vida.'' No entanto, refere que '' Em Miranda vamos sofrer um bocadinho, porque temos muitas dormidas e vamos notar bastante, pois os trabalhadores da barragem vão embora agora em Setembro, mas Miranda é uma cidade turística e temos os espanhóis, o que é uma mais valia.'' Mas não deixa de frisar ''que é sempre bom ter essas infra-estruturas aqui a funcionar''. Consolida Bruno Gomes.
Só a barragem de Picote empregou cerca de 500 trabalhadores, que ao longo de quatro anos dinamizaram a economia regional.
Escrito por CIR