Seg, 19/03/2012 - 11:29
Foi um périplo de dois dias por Trás-os-Montes. Em Mirandela esteve sábado de manhã, acabando também por almoçar. Antes disso foi tempo de discursos e, aí, o Presidente sublinhou que as autarquias podem ter um papel fundamental para o país sair da crise.
“Estou a visitar alguns concelhos de Trás-os-Montes com o objectivo de mobilizar todos, e, em particular, os transmontanos, para a inversão da tendência da nossa economia, e, em particular, do emprego, na medida em que estou convencido que, juntando esforços de cada região, de cada cidade, de cada concelho, de cada uma das actividades económicas, podemos conseguir melhores resultados do que aqueles que agora são previstos para o crescimento económico pelas organizações internacionais. E o poder autárquico desempenha, actualmente, um papel que considero da maior importância, por aquilo que pode fazer, por aquilo que pode fazer pelo empreendedorismo local, pela mobilização das energias do respectivo concelho, pelo apoio que pode dar às pequenas e médias empresas, a valorização dos produtos locais, e em Trás-os-Montes existem vários produtos de qualidade que podem ser exportados”, disse.
Cavaco Silva deixou uma mensagem de esperança mas pediu, no entanto, que no esforço para sair da crise, não se deixe ninguém para trás.
“Acredito que, mobilizando as energias de todo o país, havemos de conseguir ultrapassar as nossas dificuldades, prestando atenção àquilo que é muito particular de cada um dos concelhos, considerando também os aspectos de justiça e de solidariedade, que são tão específicos desta região. Por isso, a minha palavra aqui só pode ser de esperança. Havemos de conseguir ultrapassar as dificuldades.
Antes do discurso, Cavaco Silva começou esta visita ao concelho mirandelense com uma visita a Jerusalém do Romeu, para inaugurar as obras de remodelação de um centro social e paroquial.Uma obra que permitiu criar mais uma dúzia de empregos naquela freguesia rural.
Este centro acolhe já mais de 60 idosos e dá apoio domiciliário.
De acordo com o presidente da Junta, Bernardino Pereira, uma obra há muito ansiada, que emprega dez por cento dos 300 habitantes da aldeia.
“Já começou há muito tempo mas agora ampliaram mais o lar, já tem 60 camas e já é uma obra digna de existir. Ali há muitas pessoas idosas e já tem mais 50 pedidos. Já se inaugurou pequeno”, diz, sublinhando, no entanto, que emprega até gente de fora.
Esta obra custou cerca de dois milhões de euros e teve uma comparticipação de 400 mil pela autarquia de Mirandela.
Ora, e foi já na cidade do Tua, de visita a uma fábrica de enchidos, que Cavaco Silva encontrou uma pessoa especial.
A D. Odete Teixeira é uma indefectível do PSD. E como a vida está difícil, até para o Presidente, todos os anos manda um presente para Belém: um saquinho de alheiras.
“Todos os anos e não tenho vergonha. Lá em Lisboa não há e como nós temos aqui matéria-prima especial, venho comprar e mando-lhas. Na Páscoa também lhe mando um folar”, conta.
Presentes que valeram um enorme abraço de agradecimento do Presidente da República a quem, como se sabe, os dez mil euros de reforma mal dão para as despesas.
Escrito por Brigantia (CIR)