Cancro do Pulmão continua a ser o mais frequente e a principal causa de morte por cancro em Portugal

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Sex, 01/08/2025 - 10:13


Assinalasse, hoje, o dia Mundial do Cancro do Pulmão.

Este tipo de cancro, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, é dos mais frequentes e é também a principal causa de morte por cancro em Portugal. Os sintomas são frequentemente confundidos com outras doenças o que podem levar ao diagnóstico tardio, conta o médico pneumologista, Nelson Teixeira. “Um dos problemas do cancro do pulmão é que dá sinais e sintomas normalmente numa fase já avançada da doença, porque o pulmão, por natureza, é um órgão que tem pouca sensibilidade. O sintoma assim mais específico é mesmo uma tosse prolongada, uma tosse que dura mais do que dois meses. Associadamente podem acontecer sintomas constitucionais, como perda de peso, falta de apetite, falta de força, principalmente em doentes de risco. Estamos a falar de uma pessoa fumadora, de uma pessoa que trabalha em mineração, ou em construção civil, por exemplo, mas claramente o fator de risco mais importante é o tabaco”.

Mais de 80% das pessoas com cancro do pulmão são ou já foram fumadores. Essa continua a ser uma das, se não a principal causa, do cancro do pulmão.

Quando o diagnóstico é confirmado, o recomendado é procurar um pneumologista que irá orientar sobre as opções de tratamento, que incluem cirurgia e imunoterapia.

“Nos últimos 20 anos surgiu uma nova modalidade de tratamento que é a chamada imunoterapia, é uma terapia individualizada que se baseia no estudo molecular e genético das células do cancro e que está a fazer toda a diferença no tratamento destas doenças. Portanto, a quimioterapia clássica continua a ser importante, mas com o tratamento concomitante. Existe também a cirurgia que, hoje em dia, tem um papel diferente. Muitas vezes é adjuvante do outro tratamento”, rematou.

O médico Nelson Teixeira alerta que as pessoas acima dos 50 anos são as que apresentam maior risco, embora também haja casos em pessoas mais jovens. O fator genético, embora não seja o mais determinante, pode ajudar na deteção precoce da doença. Quanto à investigação, o médico destaca que é essencial continuar a investir, não só para prevenir e detetar o cancro de forma mais eficaz, mas também para melhorar a qualidade de vida das pessoas durante e após o tratamento.

Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Cindy Tomé