Adão Silva não ficou satisfeito com respostas para problema do Portelo

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Qua, 28/04/2010 - 09:25


Desiludido. Foi esta a reacção do deputado social-democrata Adão Silva à resposta do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território às suas perguntas sobre os prejuízos causados pelas cheias na aldeia do Portelo, em pleno Parque Natural de Montesinho. No documento enviado a Adão Silva, a que tivemos acesso, o ministério admite ter conhecimento da situação e revela estar já a colaborar com diversas entidades.  

Aquele organismo do Estado revela ainda terem sido efectuadas análises às águas superficiais que não detectaram contaminação, e diz que está a ser feito ainda um relatório pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade sobre os prejuízos.

Para além disso, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro estuda uma forma de financiamento de um projecto de recuperação das antigas minas do Portêlo, que estiveram na origem dos inertes arrastados pelas águas.

 

Uma resposta que não agradou ao deputado laranja.

“Fiquei desiludido porque me dá a ideia que os organismos públicos estão enredados em teias burocráticas e de adiamento da solução do problema” afirma, exigindo que “o Governo tem de resolver rapidamente a situação que ali está criada” porque, para Adão Silva “há uma situação potencialmente perigosa e delicada para o bem-estar, saúde e economia das populações e o Governo não pode responder que vai preparar relatórios e fazer avaliações de financiamento perante uma situação que é urgente”.

 

Adão Silva diz mesmo o que devia ser feito perante esta situação. “O relatório já devia estar feito com a inventariação dos problemas para haver já acções práticas no terreno” considera. Por outro lado, entende que devia ser feita “a drenagem de águas, a retenção de inertes para evitar que fossem erodidos pelas águas e atingissem as culturas e evitar novas situação que pudessem ocorrer”.

 

As críticas do deputado do PSD, Adão Silva, à demora de respostas do Ministério do Ambiente às cheias que ocorreram na aldeia do Portelo, no último Inverno.

Mas as críticas de Adão Silva não se ficam apenas pelo ministério do Ambiente.

“Parece-me muito estranho o silêncio do Instituto de conservação da Natureza e Biodiversidade que devia ter uma preocupação de primeira linha e pelos vistos não tem” critica, acrescentando que o ICNB preocupa-se muito em taxar as pessoas que vivem nos parques, mas quando se trata de pôr algum do seu dinheiro para resolver problemas aí não está para financiar”.

 

O deputado social-democrata considera que esta é uma forma de afastar as pessoas do mundo rural.

Escrito por Brigantia