Qui, 16/04/2009 - 08:16
Roucas, afinadas, estridentes, irritantes, monocórdicas há vozes para todos os gostos e feitios. É uma espécie de bilhete de identidade sonora.Ao falarmos com uma voz meiga podemos conquistar, com um tom mais determinado, impressionamos. Há depois aqueles que ganham a vida a falar.São eles os operadores de call-center, os telefonistas, os professores.A docente Olívia Ludovino sabe o que é passar o dia a falar, sobretudo quando se ensina português. Conhece também os problemas de usar a voz para exercer autoridade. “Normalmente para os manter calados tenho de elevar um bocadinho o tom de voz e isso obriga a esforçar a garganta” afirma a professora. Dos anónimos, para os mais conhecidos.Jorge Gabriel, como comunicador, assume que tem a responsabilidade de cuidar da voz “porque ela garante-me o reconhecimento público e a subsistência” afirma.O conhecido apresentador de televisão sabe que existem cuidados a ter. “As bebidas frescas devem ser evitadas, gritos, não exagerar nas cantorias” aponta. A viver exclusivamente da voz, o cantor Quim Barreiros faz espectáculos ao vivo há quarenta anos, e garante que nunca ficou nenhum por fazer. “Quando por vezes a minha voz não está capaz não há comprimidos mas os otorrinos só recomendam que descanse a voz” afirma o artista. Com mais ou menos truques, certo é que uma vida sem álcool e sem tabaco, permite uma voz mais saudável.
E mais vale prevenir porque se nem todos gostamos de falar, pelo menos todos gostamos de ser ouvidos.
Escrito por CIR