Universidade do Porto não revela lista de escolas com radão por "questões de confidencialidade"

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Sex, 25/09/2015 - 18:53


  Até ao momento desconhece-se a lista de escolas e infantários do distrito de Bragança onde terão sido detectados níveis de radão duas vezes acima do limite máximo previsto na legislação nacional.  

A Universidade do Porto divulgou a informação de que foram detectados “diversos problemas associados à qualidade do ar interior, nomeadamente concentrações elevadas de dióxido de carbono e de poeiras bem como algumas situações de elevadas concentrações de compostos orgânicos voláteis e de radão (gás natural radioactivo), que causam preocupação por terem influência na saúde respiratória das crianças. A ocupação excessiva e as actividades das crianças, bem como a ventilação deficiente e as atividades de limpeza foram as principais causas identificadas”, referiu a instituição de ensino responsável pelo estudo, numa nota enviada à imprensa. No entanto, a Universidade recusa-se a fornecer a lista de escolas que terão sido inspeccionadas e os números do estudo. O gabinete de imprensa da Faculdade de Engenharia do Porto justificou à Brigantia que não pode revelar esses dados “uma vez que há cláusulas de confidencialidade neste projecto, que foram assumidas desde o primeiro momento, de modo a salvaguardar o bom nome das instituições que colaboraram com a FEUP na elaboração deste estudo”. A instituição esclareceu ainda, por email, que no distrito de branca foi analisada em 7 salas de aula e quatro refeitórios de escolas privadas e públicas do distrito de Bragança. Apesar das várias tentativas de contacto, não foi possível chegar à fala com a investigadora Sofia Sousa, responsável do projecto, que prestou, no entanto, declarações a alguns órgãos de comunicação social nacionais, referindo apenas que as conclusões do estudo revelaram “valores preocupantes”. Escrito por Brigantia.