Segurança e inovação das máquinas agrícolas em destaque em Vale de Gouvinhas

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Seg, 20/10/2014 - 10:50


  Sensibilizar a população para a segurança na condução de máquinas de agrícolas, de forma a evitar acidentes, foi um dos objectivos da Feira da Azeitona e Mecanização Agrícola, que decorreu este fim-de-semana em Vale de Gouvinhas, no concelho de Mirandela.

Do programa da feira fez parte o simulacro de um acidente de tractor. O presidente da Junta de Freguesia, Rui Sá, considera que esta iniciativa teve uma boa adesão e espera que contribua para evitar acidentes.
“Esteve envolvida a GNR, os Bombeiros Voluntários de Mirandela e de Torre Dona Chama. Consistiu no reviramento da máquina, seguido do endireitar da mesma e retirada da vítima debaixo do tractor. Depois, fizeram-se as manobras de reanimação da vítima e transporte para o hospital. Foi a primeira vez que se fez um simulacro destes e teve uma boa adesão. Só daqui algum tempo é que se poderá dizer que foi um sucesso, se evitar alguma vítima”, salienta o autarca.
A par da segurança, as novidades das máquinas agrícolas estiveram em destaque nesta terceira edição do certame, sobretudo das máquinas concebidas para a apanha da azeitona.
Os olivais preenchem 75 por cento da área útil de Vale de Gouvinhas, onde se colhem cerca de mil toneladas de azeitona, por ano.
As máquinas mais populares adaptam-se aos tractores e retroescavadoras e rondam os 20 mil euros.
Os agricultores afirmam que a mão-de-obra é cada vez mais escassa, não havendo muitas vezes outra solução a não ser o recurso à mecanização, ainda que nem sempre compense o investimento.
“Se não fosse com as máquinas, era impossível, já não há mão-de-obra”, constata Tiago Vaz.
“Não compensou o investimento mas como já entreguei as propriedades aos filhos e eles não têm tempo, quando vêm pegam na máquina e vão à azeitona sem precisar de mais ninguém”, conta Mário Cordeiro.
Este ano a feira contou com 30 expositores, o maior número de sempre, tendo recebido pela primeira vez expositores das freguesias vizinhas. Estima-se que tenham passado pelo certame mais de 1500 pessoas, ou seja, o triplo do ano passado. Escrito por Brigantia.