Roubos de arte sacra pouco expressivos na região

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Sex, 18/02/2011 - 09:17


O Nordeste Transmontano é das regiões do país onde há um menor registo de roubos de arte sacra. Os especialistas defendem que há a ideia de que a região tem pouco património religioso, ou sem valor, o que pode colocar o distrito de Bragança fora da rota dos ladrões de arte sacra.  

No entanto, nos últimos cinco anos já ocorreram alguns episódios de roubo.

Apesar dos últimos casos, como o roubo de um menino Jesus, do século XVI, da Igreja Matriz de Macedo, e que ainda não apareceu, a região é pouco visitada pelos amigos do alheio.

O director do Instituto de História da Arte da Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa aponta explicações para o reduzido número de roubos.

“Não é das regiões mais vilipendiadas talvez porque há a ideia que é uma região pobre, mas há que prevenir e intervir e a única maneira é estudar e inventariar” refere Vítor Serrão.

 

Nos últimos cinco anos já foram roubadas várias imagens em todo o distrito de Bragança.

Carlos Mendes, da Associação Terras Quentes, que está a fazer o inventário da diocese de Bragança-Miranda, enumera as peças roubadas.

“Houve um roubo em 2007 de duas imagens do séc. XVII da igreja de Grijó. Em 2008 furtaram as obras existentes no Santuário de Santo Antão da Barca e a 30 de Dezembro de 2010 foi levada uma imagem do menino Jesus da Igreja Matriz de Macedo de Cavaleiros” recorda.

 

Pelo menos no caso do Santuário de Santo Antão da Barca, as imagens foram recuperadas.

“No caso de Grijó sabe-se que foi um casal espanhol o autor do furto” revela. “As imagens de Santo Antão da Barca foi possível recuperá-las uma semana depois, no Montijo, a partir dos dados que nós fornecemos” acrescenta.

 

Os roubos de arte sacra são pouco significativos no Nordeste Transmontano e o protocolo de inventariação da diocese de Bragança-Miranda, do qual faz parte a Polícia Judiciária, deverá ajudar ainda mais na identificação das peças em roubos futuros.

Escrito por CIR