Questão do Helicóptero do INEM acendeu debate entre candidatos distritais às legislativas

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Sex, 25/09/2015 - 21:08


  Esta manhã, os candidatos das principais forças políticas pelo distrito de Bragança debateram a questão da permanência do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros. Este foi um dos temas que gerou mais discussão no único debate protagonizado, até ao momento, por candidatos do distrito de Bragança e que foi promovido pelas rádios Brigantia, Terra Quente e Ansiães e pelo Jornal Nordeste. 

Adão Silva, cabeça de lista pela coligação Portugal à Frente deixou a garantia de que este meio de socorro vai permanecer em Macedo, mas foi interrompido pelo cabeça de lista do PS, Jorge Gomes que o acusou de essa não ser uma garantia séria. “A questão do helicóptero está clara, arrumada e definitiva. Está em Macedo de Cavaleiros e vai ficar em Macedo de cavaleiros por vontade do Governo. Sobre esta matéria não há dúvida nenhuma”, garantiu Adão Silva. No entanto, Jorge Gomes recordou que os autarcas da região interpuseram uma providência cautelar para que o helicóptero se mantenha em Macedo de cavaleiros, da qual o INEM recorreu. O candidato do PS considera que, se a vontade do governo é mesmo manter o helicóptero em Macedo, o recurso deveria ser retirado. “Quando eu digo que a atitude não é séria é porque desde há quinze dias para cá, a questão do helicóptero tem vindo a ser tão discutida que o deputado Adão Silva veio dizer que o governo já decidiu e o helicóptero fica em Macedo. Se já decidiu, então que mande retirar o recurso da providência cautelar. Agora, estar a dizer aos cidadãos que o helicóptero fica em Macedo e, entretanto manter o recurso em tribunal, através do INEM, para que a providência cautelar possa ser derrotada, isso não é sério”, frisou Jorge Gomes. Uma opinião partilhada pelo cabeça de lista da CDU, Jorge Fernandes, que recordou que inicialmente Adão Silva defendia a deslocalização do helicóptero para Vila Real. Jorge Fernandes considera que o candidato da coligação só mudou de opinião por estar em campanha eleitoral. “ O senhor deputado recuou porque estamos em vésperas de eleições mas, o que era de coragem, era dizer que o governo vai retirar o recurso que tem contra a providência cautelar”, acrescentou o candidato da CDU. Por sua vez, o candidato do Bloco de Esquerda, José Freire, que afirmou ter estado atento às sucessivas trocas de acusações, principalmente entre os candidatos da Coligação Portugal à Frente e o PS, frisou que é necessário que os partidos que estão ou estiveram no governo tomem uma atitude e assumam as decisões erradas que tomaram e que prejudicaram o desenvolvimento da região. “Isto de quem governa o país não assumir a culpa, tem de acabar. Não podem aparecer aqui como virgens imaculadas, como se não tivessem nada a ver com isto. Nós temos que responsabilizar esta gente”, sublinhou o candidato do Bloco de Esquerda. Escrito por Brigantia.