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Laboratórios, autarcas e médicos preocupados com a realização das análises clínicas na ULS Nordeste

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Ter, 12/08/2014 - 19:01


  A Associação Nacional de Laboratórios (ANL) teme que a internalização dos exames complementares na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) leve ao encerramento dos laboratórios privados do distrito.Numa reunião de emergência realizada ontem em Bragança, representantes de laboratórios de análises clínicas, autarcas e médicos discutiram a medida que obriga os utentes a fazer as suas análises em hospitais e centros de saúde.

Já implementada nos concelhos de Bragança, Macedo e Mirandela, a internalização pode vir a estender-se a mais 8 municípios do distrito.
A associação acusou a ULS do nordeste de ter feito uma negociação musculada, para haver uma nova redução de preços e que, caso não seja aceite pelos laboratórios, o objectivo é lançar um concurso púbico. Para o presidente da ANL, José Chaves, ambas as alternativas são insustentáveis. José Chaves recusa o argumento de que a medida reduz custos, já que, garante, a tabela dos privados pratica, neste momento, preços abaixo da hospitalar.
Dos 6 laboratórios que existiam na região dois encerraram e outros dois funcionam com serviços mínimos.
António Taveira, de uma empresa de laboratórios da região, denunciou que a ULS tem uma dívida de 2 milhões às unidades de análises clínicas privadas. Berta Nunes, presidente de câmara municipal de Alfândega da Fé, acredita que esta medida vai atrasar os tempos de espera e pôr em causa a acessibilidade dos doentes aos cuidados de saúde.
Para a ordem dos médicos a capacidade de escolha do utente está posta em causa. Manuel Cirne de Carvalho, presidente do colégio da especialidade da ordem, está também preocupado com o incumprimento das regras de qualidade impostas pelo manual de boas práticas laboratoriais.Até ao momento não foi possível obter uma reacção por parte da ULSNE.
Escrito por Brigantia