Jovens procuram pouco os gabinetes de apoio para falar de sexo

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Qui, 16/04/2009 - 08:18


Os jovens de Bragança têm vergonha em dirigir-se aos Gabinetes de Apoio ao Jovem das suas escolas. A conclusão saiu ontem de um seminário organizado por estagiários do curso de Educação Social no Instituto Português da Juventude.  

Isabel Parente, assistente social, diz que são poucos os alunos a procurar os profissionais de saúde das escolas. “É uma média de quatro ou cinco alunos que pedem aconselhamento dos assuntos e ficam por aí talvez por vergonha” afirma.

 

Alguns dos alunos do ensino secundário presentes no seminário confessam preferir os amigos para tirar dúvidas e contar problemas do que recorrer aos gabinetes de apoio nas escolas.

“Quase ninguém frequenta” refere João Vitorino. “É preferível falar entre nós, no grupo de amigos porque temos mais liberdade” acrescenta Flávio Pinheiro. “Temos mais à vontade com os amigos” explica Tânia Sendas.

 

Manuela Santos, a coordenadora distrital da Saúde Escolar, garante que as equipas têm tentado saber porque é que isso acontece.

Mas confirma que é nas grandes cidades que os gabinetes de apoio ao jovem têm mais procura “porque também há um maior número de jovens, mas em Vinhais e Miranda têm uma adesão muito boa” revela.

 

Ao todo, no distrito de Bragança existem 21 desses gabinetes, quatro deles na capital de distrito.

As equipas têm seis elementos, quatro da área da saúde e dois da educação.

Macedo de Cavaleiros é onde funciona um dos casos de sucesso. “Em duas horas temos uma média de 15 ou 16 alunos e às vezes vamos mais do que uma vez por semana” refere Ana Carvalho é enfermeira em Macedo.

 

Divulgar a existência dos Gabinetes de Apoio aos Jovens é uma forma de evitar comportamentos de risco dos mais novos.

Escrito por Brigantia