Sex, 17/03/2017 - 09:54
“Quando o Francisco José Viegas me comunicou, acordei e fiquei contente, mas na minha idade esses sentimentos e essas excitações já não tenho. É uma situação muito simples”, afirmou.
Para o autor que se radicou na Holanda há 6 décadas e que publica desde os anos 60, o reconhecimento do seu trabalho não chega com esta ou outra distinção mas admite que é satisfatório receber o carinho dos portugueses: o público para quem escreve.
“O reconhecimento não vem agora por estes prémios, o reconhecimento já o tive há 40 anos na Holanda não é exactamente uma novidade. Mas é simpático, porque eu ao fim e ao cabo não escrevo tanto para os holandeses como para a nossa gente”, admite.
O escritor que passa parte do ano na aldeia dos pais em Trás-os-Montes vai lançar nos próximos meses um livro sobre a região, num projecto da fundação Francisco Manuel dos Santos.
Também Trás-os-Montes é o cenário de fundo do romance o “O Meças”, que foi o vencedor do prémio melhor livro de ficção 2016 da Sociedade Portuguesa e Autor, cujo anúncio foi feito na noite de quarta-feira.
Mas não foi o único transmontano distinguido por estes galardões: o mirandelense Eurico Carrapatoso venceu com “Magnificat em talha dourada”, a categoria de Melhor Trabalho de Música Erudita. Escrito por Brigantia.