Ter, 14/10/2014 - 09:57
Em causa está a apresentação de listas para a Comissão de Baldios.O caso remonta ao dia 28 de Agosto, altura em que se realizavam as eleições para a Comissão de Baldios. João Marrão terá reunido assinaturas para apresentar uma lista nas eleições para esta comissão mas queixa-se de ter sido agredido por Leonel Macho, o representante da autarquia, depois de lhe ter dito que a lista não era válida. O queixoso conta que na origem dos desacatos terá estado o facto de Leonel Macho apresentar um decreto que mostrava que a lista de João Marrão não teria validade, uma vez que teria de ter sido afixada publicamente com um prazo mínimo de 10 dias antes das eleições. João Marrão conta ainda que se apercebeu de que Leonel Macho tinha intenção de constituir outra lista, tendo-o alertado de que, nesse caso também não teria validade. Algo que não terá agradado ao representante da autarquia e que terá levado à agressão física. “O senhor Leonel sugeriu que se assinasse uma lista de presenças, que algumas pessoas não quiseram assinar. Eu disse-lhe que se a minha lista não tinha validade, a dele também não tinha. Ele não concordou e insultou-me. Os ânimos alteraram-se e ele disse que ele é que mandava pois tinha poder de decisão, uma vez que representava a Junta de Freguesia. Nesse momento, disse-lhe que, a partir daquele momento iria passar a ignorá-lo. Quando disse isto, deu-me uma pancada no peito e um murro na cara”, conta João Marrão. O homem apresentou queixa na GNR de Bragança imediatamente após a agressão, tendo sido o seu estado clínico avaliado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal que o encaminhou para o Hospital Militar, no Porto. João Marrão diz ter ficado com lesões irreparáveis na visão e sido humilhado perante as pessoas da aldeia. Por isso quer levar o caso até às últimas consequências.“Neste momento tenho bastantes dificuldades no olho esquerdo. Com a pancada que me deu partiu-me os óculos que tinha no bolso da camisa. Para mim foi uma humilhação dado que estava a aldeia reunida. Constitui-me assistente no processo e estou a pensar levá-lo até às últimas consequências”, sublinha o queixoso.
Contactado, o presidente da Junta de freguesia de Babe diz ter-se tratado de um caso alheio à Junta de Freguesia e não quis prestar declarações sobre ao assunto. Apesar das várias tentativas de contacto, não foi possível chegar à fala com Leonel Macho até ao momento.
Escrito por Brigantia.
