Seg, 01/12/2014 - 09:28
Este acto serviu para assinalar os 500 anos dos “Forais Novos”, atribuídos por D. Manuel I, que em 1514 consagrou a existência jurídica e administrativa destes dois concelhos.Estatutos perdidos até aos dias de hoje. Ainda assim, o presidente da Junta de Freguesia de Chacim, José Génio, rejeita a ideia de que esta terra perdeu importância e diz que o principal problema da freguesia é a falta de gente.“É um dia muito importante para a história de Chacim. A importância Chacim nunca a perde, poderia ter perdido gente, antigamente havia mais gente. A viver em Chacim são cerca de 250 pessoas, eleitores são cerca de 500. Muitos tiveram que emigrar à procura de melhores vidas”, salienta o autarca.Jacinta Génio é natural de Chacim, mas está hoje a residir em Bragança. Constata que a população jovem é obrigada a sair da terra natal à procura de trabalho e lamenta que a sua freguesia também tenha vindo a perder serviços.“As pessoas estão cada vez a sair mais e a ter que emigrar, porque não há trabalho. Antes havia muita, muita gente, segundo as pessoas mais idosas contam, a minha mãe conta muitas histórias antigas e isto era um mundo de gente. A Caixa Agrícola funciona só à segunda-feira depois de uma grande luta da população que se opôs a que fechasse totalmente, vinha cá o médico todas as semanas e havia duas escolas primárias a funcionar com muitos alunos, agora são para aí uns 10 ou 11”, conta Jacinta Génio.Os tempos mudaram e hoje aposta-se no Turismo. Chacim pertence recentemente à rede Aldeias de Portugal. O presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno, não tem dúvidas que este é um selo importante para trazer turistas a esta freguesia.“Ganha pelo facto de já estar no site das Aldeias de Portugal, o facto de os turistas poderem vir visitar todos aqueles sítios que estão assinalados com placas das Aldeias de Portugal e ganha na visitação”, realça o edil.
No dia da entrega do Foral a Chacim foi também inaugurada a “Casa da Aldeia”, o nome dado à Casa do Povo que estava em ruínas e hoje acolhe os serviços da Junta de Freguesia e serve de espaço de convívio para a população. A obra custou cerca de 80 mil euros e foi financiada por fundos comunitários através de uma candidatura submetida à Desteque – Associação de Desenvolvimento da Terra Quente Transmontana.
Escrito por Brigantia