Sex, 18/02/2011 - 09:20
De um coveiro, que espera ter um volume de negócios anual de 25 mil euros, ao comércio e distribuição de carnes, que aponta para um volume de negócios de um milhão de euros, com um investimento de cem mil euros, passando por carrinhas de venda ambulante de comida nos estaleiros das barragens a tabernas e lojas de produtos típicos.
Estes foram apenas um quinto das cem ideias inicialmente apresentadas a concurso, 70 delas passaram ao atelier de ideias, 50 fizeram formação.
Das 21 finalistas, o júri escolheu dois projectos vencedores, que receberam um prémio de dez mil euros.
“O apoio é importante porque é um incentivo claro ao empreendedorismo. É bom para nós e para os que venham a seguir porque este tipo de iniciativas funcionam” refere Bruno Carvalho, mentor do Ponto Clínico que, a par com a Soutosgest, uma empresa que vai tratar da limpeza dos soutos, foi o vencedor.
E explica que o seu projecto, de ajuda aos mais velhos, é uma área de negócio a crescer no Nordeste Transmontano.
“Aqui no interior há muito pouco apoio às pessoas idosos sobretudo domiciliário e nós pretendemos não só prestar apoio em termos dos cuidados da casa e da pessoa em si mas também da vigilância” explica.
Os restantes levaram para casa dois mil euros de apoio. Mas Virgínia Carmo, que concorreu com uma empresa de comunicação e organização de eventos, sublinha que também ganhou e não foi só dinheiro.
“Tivemos acompanhamento na criação do nosso plano de negócios. Foi muito útil porque uma coisa é termos uma empresa e trabalharmos por intuição, outra coisa é ter uma visão financeira e de projecção de futuro” refere.
O prémio empreendedor sustentável 2010 decorreu nos quatro concelhos abrangidos pela barragem do Baixo Sabor e em Miranda do Douro.
António Ferreira da Costa, administrador da EDP, destaca a importância desta iniciativa apoiada pela eléctrica nacional.
“A EDP quis responder ao que nos era proposto pela região que era criar condições para jovens, desempregados e até reformados submeterem os seus projectos, fazendo as suas propostas” afirma, acrescentando que o importante “não é só criar emprego, mas criar o auto-emprego mas também alargar a actividade o mais possível a diferente sectores”.
No entanto, admite que alguns destes negócios podem desaparecer com o fim das obras de construção da barragem do baixo Sabor.
“Pode ser uma realidade mas nós temos de a contrariar e lutar contra isso. Manter a sua actividade é um desafio mas muitos destes projectos são inovadores” considera.
Para a edição 2011 deste prémio já há três projectos candidatos que transitaram da última edição.
Escrito por Brigantia