Cuidados Paliativos no Planalto prolongados com financiamento das autarquias

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Sex, 31/10/2014 - 11:06


Cerca de 300 utentes foram apoiados nos últimos quatro anos pela Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos do Planalto Mirandês.

O projecto foi financiado durante três anos pela Fundação Gulbenkian, agora são as autarquias do Planalto a garantir o dinheiro para o seu funcionamento. Para isso foi assinado ontem um protocolo entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste e as autarquias e Misericórdias de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro.O presidente da ULS do Nordeste, António Marçôa, não tem dúvidas que a continuidade deste projecto é fundamental tendo em conta o número de idosos na região e garante que vai ser alargado a outros concelhos do distrito de Bragança.“Além de inovador, porque embora já exista há três anos, foi uma experiência que deu certo e que nós iremos garantir, para nós serve também como motivador para aparecerem outros projectos deste género para conseguir cobrir a nossa população. No nosso distrito temos mais 30 por cento de população idosa, os nossos idosos têm uma esperança média de vida elevada e a taxa de mortalidade até é das melhores a nível nacional. Se eu relacionar isso com os cuidados de saúde fico satisfeito”, realça António Marçôa.   A Unidade do Planalto vai ser financiada pelos municípios com 30 mil euros, dependendo a comparticipação do número de população de cada concelho.O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Artur Nunes, garante que esta é a forma de manter este projecto.“É a forma de mantermos este projecto vivo, porque além dos equipamentos e carros que já existem, há uma necessidade de suportar alguns custos que a própria Unidade tem e que as três Câmara vamos suportar na totalidade”, salienta o autarca. A equipa da Unidade de Paliativos desloca-se a casa das pessoas que precisam de cuidados. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, João Henriques, assegura que o mais importante é a proximidade destes cuidados.“Estes últimos quatro anos, de que o projecto mais se pode orgulhar é ter permitido que grande parte das pessoas que faleceram puderem falecer em suas casas ao pé da família e não num hospital com uma bata branca a olhar para eles”, realça o provedor.

No início do próximo ano os Cuidados Paliativos ao Domicílio vão ser alargados aos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais. A candidatura da ULS do Nordeste venceu o concurso da Gulbenkian, e tem já um financiamento de 250 mil euros garantido para funcionar durante três anos.

Escrito por Brigantia