Ter, 08/07/2025 - 10:43
O transporte de doentes não urgentes representa um elevado volume de trabalho operacional, mas também uma das principais fontes de receita própria, especialmente para as associações humanitárias de bombeiros voluntários. Contudo, neste momento, há várias instituições e empresas a realizar o serviço, o que pode comprometer a saúde financeira das corporações.
Este serviço, que permite sustentar financeiramente uma corporação, está a ser, cada vez mais, realizado por outras entidades, o que começa a ser uma preocupação para as corporações de bombeiros. A inquietação foi deixada por Carlos Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança.
“Estamos a perceber que alguma coisa nos está a escapar porque estão a aparecer empresas privadas por todo o lado, outro tipo de instituições que estão a entrar neste serviço, de cariz mais social e que se calhar deviam, na minha opinião, podiam estar mais voltadas para a vertente social”, disse.
Assumindo que a corporação vai continuar o seu “trabalho”, Carlos Martins alertou que a situação pode “descambar”.
“Não queria fazer nenhum apelo, mas a verdade é que os bombeiros, para terem todos estes meios, têm que ir buscar recursos a algum lado. E a nossa principal fonte de financiamento é, sem dúvida, a receita que conseguimos fazer no transporte de doentes. Nós devemos nos adaptar, obviamente, mas começa-nos a preocupar”, rematou.
Para já, segundo esclareceu ainda o comandante, a receita que o transporte de doentes não urgentes gera aos bombeiros de Bragança ainda não caiu, mas Carlos Martins entende que essas mesmas instituições que estão a entrar no serviço se deviam “preocupar com outras coisas”.
Escrito por Brigantia.