Qui, 11/09/2014 - 10:17
No ano anterior, deu resposta a 34 pedidos, este ano foram 61 os alunos contemplados.
Elisabete Ferreira, responsável pelo banco de livros de Mirandela, adianta que todos podem receber livros usados. “ A prioridade é para pessoas que usufruem do cartão social, com algumas dificuldades, depois a prioridade vai para quem doa livros e finalmente por ordem de chegada do pedido”, revela a responsável.
Para além de abranger o concelho, o banco de livros de Mirandela recebeu solicitações de pais de Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Porto.
Elisabete Ferreira afirma que o banco foi criado para aliviar o orçamento das famílias em época de crise.
A responsável confessa que a maior parte das pessoas que vem trocar livros pertence a classes sociais mais favorecidas.
Em Bragança também há um banco de livros para apoiar as famílias dos alunos dos três agrupamentos de escolas da cidade, que funciona na sede do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal. Aqui as famílias com mais dificuldades financeiras têm oportunidade de encontrar livros para todos os níveis de ensino.
A presidente da Associação de Pais do Agrupamento Abade de Baçal, Susana Abrantes, diz que há cada vez mais famílias a optar pela reutilização de livros sempre que possível.
“O número de pais a procurar este banco de livros tem aumentado e também se nota que os pais estão mais sensibilizados para a entrega dos livros que não podem dar apoio nos anos seguintes aos seus educandos. A questão de os livros estarem a alterar constantemente os seus programas isso vem dificultar o apoio que possa dar com este tipo de livros”, lamenta a presidente da Associação de Pais.
Uma forma de ajudar a aliviar o orçamento familiar que fica mais sobrecarregado neste mês com a compra de livros, material escolar e roupa. Numa livraria de Bragança encontramos algumas mães que admitem que não é fácil controlar as despesas este mês.
“Este mês há um acréscimo no orçamento familiar não só pelos livros escolares e material mas também a nível da roupa. Vou ter de comprar, por exemplo, fato de treino e sapatilhas para o regresso às aulas”, conta Alice Alves.
“Há alguns livros que não encomendei porque vou aproveitar os das minhas sobrinhas. Uma pessoa não tem possibilidades para escolher aquilo que quer, tem de comprar apenas o necessário”, acrescenta Paula Afonso. O novo ano lectivo começa hoje oficialmente. Escrito por Brigantia