Qua, 07/07/2010 - 09:25
“Foi um momento alto de imaginação por parte de Mirandela que até fica na história porque nós devemos aproximarmo-nos dos grandes. Há São João no Porto, em Braga em Matosinhos, em Gaia e não há não concorrência entre eles. Aqui tem de começar a ser assim” refere. “O ideal era haver uma feira única para toda a região ou então uma semana para todas as feiras” sugere. “Ficávamos contentes, depois fechávamos as portas e trabalhávamos durante o ano” ironiza.
Apesar de tudo, Artur Pimentel entende que a coincidência com a Reginorde de Mirandela não prejudica a Terra Flor. “Quem quiser ir ver Os Ídolos vai a Mirandela e na mesma noite quem quiser ver os Xutos vem a Vila Flor” afirma. Mas em relação à feira “durante os quatro dias em Vila Flor ou os oito dias em Mirandela haverá tempo para as pessoas se deslocaram aos dois sítios para verem os produtos” acrescenta. “Penso que não há prejuízo nem concorrência” considera o autarca.
A Terra Flor está já consolidada e por isso não apresenta este ano grandes novidades em relação à última edição. Mas o coordenador do evento, Fernando Barros, adianta que no futuro terá de haver alterações. “O evento está consolidado, agora queremos continuar, mas possivelmente teremos de pensar em alguma modificação nos próximas anos” admite. “Isso vai ser alvo de uma discussão e reflexão interna” pois, “quando se está bem não se deve mudar radicalmente só por mudar” refere. “Queremos tentar ir mais ao encontro dos produtores e dos comerciantes para que consigam ganhar mais dinheiro” explica.
Para além do azeite, do vinho e das frutas e hortícolas, a criação de gado está a ganhar importância na Terra Flor. “Contrariamente ao que eu pensava quando começamos a realizar este evento, o mundo rural tem uma componente forte ligada às ovelhas e às cabras. Há muitas famílias que dependem disso e por isso são merecedores desta visibilidade que lhe damos” refere.
Por causa da crise, o preço das inscrições dos expositores passou para metade e as entradas são livres no primeiro e últimos dias do certame, cuja animação musical será garantida por grupos locais.
Na sexta-feira, dia do concerto de tributo aos Queen, custa um euro, e no sábado, dia em que actuam os Xutos e Pontapés, o bilhete custa três euros.
A Terra Flor, que tem um orçamento de quase 185 mil euros, deverá ter mais de 200 expositores e espera atrair 15 mil visitantes.
Escrito por CIR