Seg, 05/10/2015 - 12:19
“O PS tem um mau resultado nestas Eleições Legislativas 2015. Interrompe-se um círculo de vitórias que tinha começado nas autárquicas e continuou com as europeias, tendo como secretário-geral António José Seguro. O PS tem que reflectir, tem que encontrar novas políticas para propor aos portugueses e, fundamentalmente e rapidamente, novos interlocutores”, frisa Mota Andrade. O presidente da Federação Distrital vai mais longe e afirma mesmo que avisou António Costa que não é com a promoção de “oficiais subalternos” que se ganham eleições. “Eu sempre disse e, tive até a oportunidade de o dizer ao António Costa, que quando se promovem oficiais subalternos a generais e se levam para o Estado-maior, isso não dá bem. Nunca ninguém ganha assim as guerras. Infelizmente, foi isso que aconteceu e eu tinha razão”, constata Mota Andrade. O presidente da Federação distrital do PS, considera ainda que o aumento do número de votos no Bloco de Esquerda, que mais do que duplicou no distrito, se deve ao facto dos eleitores não se reverem nas políticas e candidatos apresentadas pelo Partido Socialista. “Há um crescimento muito significativo que nos tem que levar a pensar do Bloco de Esquerda. Esse voto no Bloco de Esquerda, na minha opinião, foi um voto de não concordância, foi um voto de protesto, em função do PS não ter apresentado soluções e propostas credíveis para os portugueses”, considera.As críticas de Mota Andrade, presidente da Federação distrital do PS, que pela primeira vez em 20 anos, não foi eleito deputado pelo distrito de Bragança. Mota Andrade apoiou a candidatura de António José Seguro a secretário-geral do PS. Já o recém-eleito deputado, Jorge Gomes, apoiou António Costa e acabou por ser a escolha do partido para representar Bragança nestas eleições. Escrito por Brigantia.
