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Greve dos enfermeiros mantém adesão de 70 por cento nas unidades hospitalares do distrito

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Sex, 21/11/2014 - 18:14


  O segundo dia de greve, deste mês, dos enfermeiros, está a ter uma adesão semelhante à da semana passada no distrito de Bragança. A dirigente regional de Trás-os-Montes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Elisabete Barreira, revela que a adesão se situa novamente acima dos 70 por cento, embora tenha sido ligeiramente inferior nos centros de saúde.

“Nas Unidades de Saúde, os números são mais ou menos idênticos. Tivémos uma adesão acima dos 70 por cento durante o turno da noite e que rondava os 65 por cento no turno da manhã. Em relação aos centros de saúde, verificámos uma adesão mais baixa, a adesão situou-se entre os 40 e os 50 por cento, excepto no Centro de Saúde de Vinhais, que se manteve a 100 por cento. No Hospital de Bragança, a urgência esteve a 100 por cento, o bloco operatório esteve a 90 por cento, a traumatologia esteve a 100 por cento, a pediatria também e os serviços cirúrgicos também. A consulta externa teve uma adesão de cerca de 70 por cento”, revela Elisabete Barreira. Os enfermeiros tinham agendado para hoje uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, que foi entretanto desmarcada, pelo facto de o governo ter mostrado abertura para reunir ontem com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.No entanto, Elisabete Barreira salienta que dessa reunião não resultou qualquer entendimento, por isso a dirigente sindical garante que vão continuar a lutar pelos seus direitos.Recorde-se que há quinze dias, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, outro sindicato que representa estes profissionais de saúde, propôs uma uniformização dos salários para 2200 euros para os enfermeiros que estão em contratos individuais na Unidade Local de Saúde do Nordeste. Uma proposta que a representante regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera irrealista. “O que o SEP defende é o valor de 1201,48 euros, que é o que está consagrado na lei. Não sei onde é que o senhor foi calcular este valor, mas não é esta a filosofia do SEP. Nós somos um pouco mais realistas quanto ao panorama que temos a nível nacional”, realça a representante dos enfermeiros. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses promete não baixar os braços contra os cortes salariais, excesso de carga horária e precariedade dos contratos de trabalho. Escrito por Brigantia.