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Funcionários da Segurança Social manifestam-se contra os despedimentos

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Qui, 20/11/2014 - 11:53


  Cerca de uma centena de pessoas concentrou-se ontem ao final da tarde à porta da Segurança Social de Bragança numa vigília solidária para com os funcionários que foram dispensados. Cinco docentes e 14 assistentes operacionais foram notificados na semana passada que passaram ao quadro de excedentários.

Elza Figueiredo tem 35 anos de serviço na Segurança Social e é uma das visadas. Participou na vigília para demonstrar a angústia e tristeza como o processo foi conduzido. “Sou uma das docentes visadas. Entrei já no quadro de requalificação. Estou muito inconformada, estou com uma tristeza muito grande, porque acredito na Democracia e ela é pautada pelo respeito e quando deixa de haver respeito pelos trabalhadores acho que a Democracia se põe em causa. E todo este processo requeria o contacto com cada trabalhador, consideração, caso a caso”, confessa a docente que foi uma das funcionárias dispensadas.E nem a chuva forte demoveu os trabalhadores solidários com os colegas. Carlos Canhota foi um deles. Está contra o esvaziamento de serviços.“Estamos aqui por uma questão de solidariedade com os colegas, hoje são eles, amanhã somos nós com o esvaziamento destes serviços amanhã seremos nós os próximos. Se não houver solidariedade e não houver luta isto não pára”, afirma.
O PCP de Bragança associou-se à vigília dos funcionários da Segurança Social. António Morais, dirigente do PCP de Bragança, acusa o Governo de estar a desmantelar mais um serviço público na região.“Vemos esta situação com muita preocupação por vários motivos. Em primeiro porque são postos de trabalho que estão em casa e portanto é um desrespeito completo pelos postos de trabalho, segundo isto vai implicar o desmantelamento de um serviço que é público numa região extremamente carente. Numa altura em que há degradação das condições económicas, das condições sociais e portanto há muito trabalho a fazer, não tem sentido que estes trabalhadores sejam dispensados”, salienta o dirigente do PCP.
Entretanto, o Grupo Parlamentar do PCP já requereu com carácter de urgência a presença do Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social para prestar esclarecimentos sobre esta matéria. Escrito por Brigantia.