Qua, 08/10/2014 - 10:18
A subdirectora da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, Paula Carvalho, alerta os produtores de castanha para a importância de comprar apenas árvores de viveiros certificados.
“A compra de plantas que não sejam controladas e que não tenham o mínimo de garantia é um risco acrescido para o produtor”, alerta a responsável.
Os serviços de DRAPN estão a apostar na prevenção desta praga na região de Trás-os-Montes, que produz cerca de 85 por cento da castanha a nível nacional. A vigilância nos novos soutos é a prioridade.
“Os soutos recentes são os de maior risco, porque poderão ter plantas que tenham vindo contaminadas, por isso importa agora verificar todas as novas plantações”, adianta a responsável.
O primeiro foco desta praga foi detectado em Junho passado, na zona do Minho, onde vai ser iniciada a luta biológica antes da próxima campanha de apanha da castanha. O parasitoide vai ser comprado em França ou Itália, países onde esta praga já fez muitos estragos. O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar, Nuno Brito, defende que o parasitoide pode e deve passar a ser produzido também em Portugal, aproveitando fundos do próximo quadro comunitário de apoio.
“Quer o nosso Instituto de Investigação Agrária e Veterinária, quer mesmo o sistema científico e tecnológico pode-o fazer através de recursos próprios, mas também aproveitando as oportunidades do PDR 2020 que são programas que estão ligados a esta área da investigação e poderão ser aplicáveis nesta situação”, salienta o governante.
O Instituto Politécnico de Bragança já está desenvolver trabalho de investigação na área do parasitismo e também está a estudar o comportamento da vespa na zona do Minho, com a realização de campos de ensaio que vão permitir saber qual o momento oportuno para iniciar a luta biológica. Escrito por Brigantia.