Qua, 03/09/2014 - 10:15
O presidente do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, Carlos Cadavez, garante que se o Centro Oncológico fosse reforçado em termos tecnológicos poderia também dar resposta aos utentes do distrito de Bragança e em alguns casos evitar deslocações ao Porto.“Só há uma área que eu não consigo responder neste momento, que são os tratamentos de radioterapia. Neste momento, só temos um acelerador e temos capacidade de resposta para todos os utentes do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas infelizmente esse acelerador não pode dar resposta aos utentes do Nordeste Transmontana, que têm que se deslocar ao Porto. É mesmo necessário um segundo acelerador para tratar todos os doentes localmente”, explica Carlos Cadavez. O presidente da ULS do Nordeste vê com bons olhos este investimento. António Marçôa considera uma mais-valia para os utentes do distrito de Bragança a aquisição deste equipamento.“Manifestar todo o apoio que o Centro Hospitalar necessite para fazer sentir a necessidade que há de reforço de equipamentos, que passa pelo acelerador que é necessário para tratar toda a população do Nordeste como estava previsto no projecto inicial do Centro Oncológico”, salienta António Marçôa.A necessidade de reforçar os equipamentos do Centro Oncológico de Vila Real foi anunciada ontem durante o anúncio de uma parceria entre a ULS do Nordeste e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, que vai permitir que especialistas de Vila Real se desloquem a Macedo de Cavaleiros para dar consultas a doentes com cancro.Carlos Cadavez adianta que em breve os oncologistas do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes vão passar a vir a Macedo de Cavaleiros.“Pelo menos nesta área nós conseguimos dar resposta, vai ser o tempo necessário para todos os doentes serem tratados no Nordeste com conforto e com qualidade sem precisar de se deslocarem. Além disso também o nosso Centro será o apoio para os doentes que precisem de internamento, como já acontece”, frisa Carlos Cadavez.
Os responsáveis da Saúde em Bragança e Vila Real garantem ainda que tratar os doentes oncológicos mais próximo de casa também fica mais barato ao Serviço Nacional de Saúde. No último ano e meio a ULS do Nordeste gastou cerca de 220 mil euros com o transporte de doentes, a maioria para tratamentos oncológicos.
Escrito por Brigantia