Seg, 01/09/2014 - 10:23
Artur Nunes defende que esta é uma forma de dinamizar as infra-estruturas do concelho e de incentivar os criadores a apostar nas raças autóctones.
“Penso que este espaço tem que ser potenciado através de uma feira mensal de gado, que nos permitirá resolver alguns problemas e utilizar as infra-estruturas para os fins que se destinam, que é de facto mercado. Vamos ter que reunir com muita gente, mas em função dos interesses de todos avançarmos”, adianta o autarca.
No distrito de Bragança há já alguns jovens a apostar nesta actividade, que têm aumentado o número de animais nas explorações. É o caso de Luís Reis, de 28 anos, de Talhas (Macedo de Cavaleiros) e de Armandino Lopes, de 30 anos, do concelho de Miranda do Douro.
“Quero dar continuidade a este negócio de família. É preciso ter gosto por esta raça”, assegura Luís Reis.
“Gosto desta raça e a qualidade da carne também me levou a apostar nisto. Comecei com 20 e neste momento tenho 40 animais”, afirma Armandino Lopes.
Apesar de haver jovens a aumentar o efectivo o número de fêmeas desta raça está estagnado nos 5500 exemplares a nível nacional. Valter Raposo, secretário técnico do Livro Genealógico da Raça Bovina Mirandesa, espera que com o próximo quadro comunitário de apoio surjam mais projectos de jovens agricultores.
“A média de cabeça por exploração tem aumentado nos últimos anos e isso deve-se ao facto de os criadores mais novos terem um efectivo grande. Estamos a entrar num novo quadro comunitário, as pessoas estão na expectativa, porque se não forem os apoios é difícil trabalhar na agricultura”, constata Valter Raposo.
Mais de 180 animais participaram este fim-de-semana no Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa, que decorreu no mercado do gado de Malhadas, no concelho de Miranda do Douro. Escrito por Brigantia