Qui, 02/10/2025 - 09:03
12 trabalhadores da Tasca do Tuga, em Bragança, integrada no Hotel São Lázaro, ficaram sem trabalho, sem esperar e sem grande justificação.
A empresa LP Tugas apresentou, no passado dia 19 de setembro, um pedido de insolvência no Tribunal de Bragança. Os trabalhadores foram todos mandados de férias dia 15 e só tiveram conhecimento do sucedido na segunda feira, quando regressaram ao trabalho.
A MR. Silveira Hotels, proprietária do Hotel São Lázaro e sócia da LP Tugas, esclareceu, em comunicado, que a insolvência se refere apenas à sociedade adquirida em novembro de 2024 e não à sua própria atividade, que continua estável e financeiramente saudável.
Luís Quissak é um destes trabalhadores que acaba de ficar sem trabalho e diz-se preocupado. “Recebemos uma comunicação da empresa, da MR. Silveira, que detém a LP Tugas, dando conta de que a empresa abriu insolvência e que nós não iriamos receber e que não iriamos retornar ao posto de trabalho. Ficámos sem salário. São 12 famílias sem receber. Não sabemos o que vai acontecer nem o que fazer”.
Esclareceu ainda que os trabalhadores já só querem que lhe seja pago aquilo que é devido. “Estávamos na empresa e foi chamada a polícia para nos tentar intimidar ou pôr fora. Mas nós apenas ali estávamos de maneira ordeira porque o nosso contrato ainda está em vigor. O meu só acaba em dezembro. Queremos voltar ao trabalho mas eles não querem o nosso retorno. E se o não querem que paguem o nosso ordenado e nos encaminhem para o desemprego”.
Este trabalhador diz ainda que o processo de insolvência não existe. “A ACT já nos informou que temos de permanecer no posto de trabalho. Entretanto já fomos ao Tribunal de Trabalho e fizemos alguma pesquisa sobre esse processo de insolvência. Descobrimos que essa informação que nos foi passada é falsa. Eles fizeram-nos uma comunicação que é falsa. É uma situação muito humilhante para todos nós e só queremos o nosso encaminhamento para o desemprego”.
Tentámos chegar à fala com Marcel Silveira, proprietário do Hotel São Lázaro mas ainda não foi possível. Em comunicado, é esclarecido que a LP Tugas já se encontrava numa situação económica fragilizada no momento da aquisição, tendo a MR. Silveira Hotels suportado salários e despesas correntes, ao longo dos últimos meses, numa tentativa de recuperação. No entanto, o processo revelou-se insustentável, levando ao pedido de insolvência como “decisão inevitável e legalmente exigida”.
Escrito por Brigantia