Qua, 21/02/2024 - 09:57
Paulo Raimundo esteve, ontem, na região e admite que não compreende porque é que ainda não se avançou com o plano, que é a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua. “Há tudo. Há a linha, que precisa certamente de obras, mas há a linha, o comboio, o barco, há todo o plano, é só por a funcionar. De facto, é falta de vontade política e é preciso, de uma vez por todas, quem tem a responsabilidade política, dar o passo adiante. A concessão, que foi, na nossa opinião, mal feita, para o privado, não está a ser cumprida. Assim, o Estado tem obrigação de recuperar o contrato, recuperar o dinheiro que investiu e tomar o desenvolvimento do plano”.
O líder comunista falou ainda do regresso da ferrovia a Trás-os-Montes. A linha de alta velocidade, que ligaria o Porto a Bragança e seguiria para Espanha não integra a rede transeuropeia. Paulo Raimundo diz que se fazem muitas promessas vãs. “São vários os responsáveis políticos que enchem a boca, no bom sentido, de que é preciso dar mais espaço à ferrovia. Depois, é muita conversa e promessa, muitas boas intenções, mas na concretização é o que vemos. Isto não tem que continuar a ser assim”.
O líder esteve à porta da Faurecia, em Bragança, a contactar com os trabalhadores daquela fábrica, onde se produzem componentes automóveis, porque uma das bandeiras do PCP é o aumento dos salários e a criação de melhores condições de trabalho. “Quando esta gente que cria a riqueza, que põe o país a funcionar, que trabalha em situações de brutal ritmo de intensidade de trabalho e, depois, mais coisa menos coisa, leva o salário mínimo, isso não está bem. Estas pessoas merecem respeito, valorização das carreiras e profissões e mais salários. Não vamos permitir que esta questão fique fora do debate político”.
Segundo alguns candidatos a deputados por Bragança, 95% da população do distrito tem médico de família. Paulo Raimundo diz que é um dado positivo mas significa apenas que há cada vez menos gente na região.
O líder comunista esteve ontem em Bragança e em Mirandela.
Escrito por Brigantia