PUB.

Roberto Leal morreu hoje aos 67 anos

PUB.

Dom, 15/09/2019 - 20:40


O artista, que era natural da aldeia de Vale da Porca, no concelho de Macedo de Cavaleiros, fora internado na quarta-feira, na unidade semi-intensiva do hospital Samaritano, em São Paulo, após uma reacção alérgica a um medicamento, que lhe provocou uma insuficiência renal.

O transmontano lutava contra um cancro de pele que lhe estava a ameaçar o andar e a visão. As causas da morte ainda não foram reveladas oficialmente.

A notícia da morte do cantor não deixou ninguém indiferente já que muitos recordam o que fora a sua infância pela terra que o viu nascer. “Eram gémeas as nossas casas e ele ia muito para ao pé de nós. Passou a mocidade dele a tocar e a cantar. É uma tristeza para toda a aldeia”, recordou José Matouças, que fora vizinho do cantor. “Dava-se bem com toda a gente e toda a gente lhe fazia grande homenagem quando ele cá vinha porque ele anunciava sempre que iria vir”, referiu Dilma da Conceição.

A população de Vale da Porca vai rezar-lhe uma coroa em homenagem, hoje, pelas 20h30m, na igreja da aldeia.

José Cesário, antigo secretário de Estado das Comunidades e da Administração Local, anunciou a morte de Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, frisando que o país "ficou mais pobre".

O artista português, que vivia no Brasil, ficou conhecido por interpretar sucessos como "Arrebita", "Uma Casa Portuguesa" e "Chora Carolina", tendo começado a sua carreira na música na década de 70. Roberto Leal, que emigrou com a família, para o Brasil, aos 11 anos, ao longo destes anos vendeu mais de 17 milhões de discos.

O velório tem lugar amanhã, na Casa de Portugal, em São Paulo, a partir das 7h00m da manhã (11h00m em Portugal). O funeral está marcado para as 15h00m no cemitério de Congonhas, também naquela cidade brasileira, onde vivia há mais de 50 anos.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves