Sex, 07/01/2011 - 10:41
Álvaro Ferreira é dono de um posto em Vinhais e admite que já perdeu clientela para Espanha.
“Nota-se um bocadinho e as pessoas também se retraem mais”, admite este empresário. E as vendas de botijas de gás são as que mais sofrem. “Sim, já há muito tempo que as pessoas vão buscá-lo a Espanha porque custa metade, segundo dizem”.
Já Hélder Soares, gerente de três postos em Bragança e Chaves, confirma que ao longo da semana já se notou um abrandamento na venda de combustíveis, sobretudo nos postos mais perto da fronteira.
“Sim, nota-se ligeiramente a perda de clientes em relação a Espanha. Isto é a nível nacional mas aqui os clientes estão a meia hora de caminho e preferem ir lá. Em Chaves nota-se muito mais porque Espanha está ainda mais perto”, admite.
Mas nos próximos dias, a quebra no movimento será ainda mais acentuada pois “principalmente é as fins-de-semana que as pessoas têm mais tempo e se deslocam a Espanha”.
Dos 23 mil litros vendidos numa das suas bombas na primeira semana de Dezembro, passou para 21 mil na semana que agora termina.
Mas comparativamente com o mesmo periodo do ano passado, a quebra chega quase à metade.
E para o início da próxima semana está prevista nova subida do preço dos combustíveis, previsivelmente de um cêntimo por litro.
Mas Hélder Soares afasta responsabilidades dos revendedores na escalada de preços e sublinha que também saem prejudicados.
“Claro que sim. É a Petrogal que nos impõe os preços e não podemos fazer nada. Por isso é prejudicial para nós”, sublinha.
Uma semana após o aumento de quatro cêntimos dos combustíveis, já há quebras na ordem dos dez por cento nos postos do distrito de Bragança.
E espera-se um novo aumento para o início da próxima semana.
Escrito por Brigantia