Ter, 07/10/2008 - 10:06
Para Adão Silva, deputado eleito pelo distrito de Bragança, uma das inovações deste projecto-lei passa por tentar captar o médico “quando ele tem 25, 26 ou 27 anos”. Para que isso seja possível haverá incentivos financeiros, bem como ao nível da formação. Em cada ano do internato, o médico vai estagiar 6 meses num hospital universitário, 3 meses numa instituição de referência no estrangeiro e os restantes três meses estagiará num hospital do interior. Concluído o internato, os médicos ficam vinculados a esse mesmo hospital.
O social-democrata está preocupado com o desequilíbrio na distribuição dos médicos entre o litoral e o interior. “ Se por um lado há médicos claramente a mais em hospitais como o São João, Universidade de Coimbra, Santa Maria ou São José, por outro há um deficit enorme em hospitais como o da Guarda, Portalegre, Beja e Bragança”, alerta. Por isso mesmo, o deputado considera o projecto-lei “um pequeno ovo de Colombo que resolve e ultrapassa muitos bloqueios que impedem a fixação de médicos no interior do país”.
Através das medidas previstas no projecto-lei, o deputado acredita que haverá uma correcção na distribuição dos médicos, evitando-se casos como os que acontecem em Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
Adão Silva apelida mesmo de “anedótico” o facto de haver capacidade “salas de cirurgia estupendas no hospital de Macedo de Cavaleiros e de Mirandela, mas que têm uma baixa utilização porque lhe faltam cirurgiões e anestesistas”.
O projecto de lei vai ser discutido em plenário no dia 15 de Outubro.
Caso seja aprovado pode entrar em vigor já em 2009 e vai custar 5 milhões de euros aos cofres do Ministério da Saúde.