Ter, 03/08/2010 - 09:18
Na carta dirigida a Ana Jorge a pedir uma reunião urgente, os dois vereadores do PS na autarquia mirandelense fazem questão de dar a conhecer a sua preocupação sobre o esvaziamento progressivo das valências da unidade hospitalar de Mirandela, que nos últimos cinco anos perdeu 9 das 12 valências, restando apenas a medicina, pediatria e radiologia.
“A situação que se vive na unidade de Mirandela é dramática uma vez que quer utentes quer funcionários merecem ser tratados com dignidade e respeito mantendo as valências que tínhamos pois há cinco anos atrás tínhamos 12 e neste momento temos apenas 3 asseguradas durante 24 horas” refere Júlia Rodrigues, acrescentando que “aquilo que nos preocupa é o futuro da unidade”.
Sendo a urgência classificada como médico-cirúrgica, os vereadores socialistas consideram inconcebível que não tenha as especialidades necessárias.
Júlia Rodrigues diz estar indignada com a falta de estratégia e de planeamento da administração do centro hospitalar do nordeste, criticando a exagerada centralização de valências em Bragança, em detrimento das unidades de Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
“O que está aqui a falhar é o planeamento e a estratégia de divisão por unidade hospitalar das valências que melhor se enquadrem quer pela localização quer pelas instalações que servem” considera, salientando que “a unidade de Mirandela está bem apetrechada, tem excelentes profissionais e um sistema de qualidade certificada, por isso nós estranhamos a tentativa de centralização absurda e a Bragança não se coaduna com o serviço que presta à totalidade do distrito”.
Apesar de não utilizar o termo demissão, Júlia Rodrigues não deixa de dizer que a administração não serve.
“Tudo o que é mal gerido é das responsabilidade dos gestores e este modelo e estes gestores não servem estes propósitos” afirma.
Júlia Rodrigues e João Casado, vereadores do PS, na câmara de Mirandela esperam agora uma resposta breve da ministra da Saúde a estas preocupações.
O PS de Mirandela considera que esta é a melhor via para protestar, criticando o executivo da câmara de Mirandela e o PSD local por entender que a acção entregue no tribunal administrativo e fiscal de Mirandela para denunciar a quebra do protocolo assinado com a Administração Regional de Saúde do Norte na questão da urgência médico-cirúrgica é uma manobra populista de ocupação de tempo mediático, sem qualquer consequência positiva para os cidadãos.
Escrito por CIR