Sex, 11/02/2011 - 17:53
A população dos Cortiços foi apanhada de surpresa.
Pelo menos é isso que os habitantes da aldeia macedense dizem aos jornalistas.
Ninguém quer prestar declarações gravadas nem falar sobre o assunto.
No café instalado no mesmo edifício que a própria junta de freguesia, o jornal está aberto na notícia que fala dos dois presidentes de junta alegadamente envolvidos no tráfico de explosivos.
Dizem, sem gravar que souberam do caso pelos jornais e que estão agora a ouvir rádio para ver se há desenvolvimentos.
No centro da aldeia ninguém fala sobre o assunto mas quando questionados, os habitantes dos Cortiços dizem que nunca ouviram falar disso até hoje e que não acreditam que Manuel Vieira, o presidente, esteja envolvido numa rede de tráfico de explosivos que pode inclusivamente ter ligações à ETA.
“Eu nunca ouvi nada mas eu não acredito nisso” refere uma habitante: “Ele não se metia nisso. Nós conhecemo-lo bem, desde garoto, mas ele não pertence e a rede nhenhuma. Quase que ponho as mãos no fogo por ele” acrescenta outro morador.
Durante o dia de hoje ainda ninguém viu o presidente que também não passou pela junta.
No armazém da empresa de construção de que é proprietário entre os Cortiços e Carrapatas, tudo está fechado e rodeado de vários cães.
Até ao momento os dois presidentes de junta mantém-se incontactáveis.
Contudo, os presidentes de junta não terão sido detidos como avançaram alguns meios de comunicação.
Fonte do tribunal de Alfândega da Fé onde decorreu ontem a audiência revela que apenas ficou detido um empresário alfandeguense, alegadamente o cabecilha da rede.
Os primeiros indivíduos identificados no âmbito da operação “Nordeste Explosiva” desencadeada pela Polícia Judiciária de Vila Real saíram em liberdade mediante medidas de coação.
Em Murçós garantiram-nos que à noite o presidente deve regressar a casa e que não atende o telemóvel porque o terá perdido.
Por Macedo de Cavaleiros os jornais que trazem falam no assunto esgotaram bem cedo.
Escrito por CIR