PUB.

Plano Ferroviário Nacional: Apresentada moção para que Bragança não seja a última estação

PUB.

Seg, 06/02/2023 - 09:23


O Plano Ferroviário Nacional veio novamente a discussão, desta vez na Assembleia Municipal de Bragança

Até 2050, o comboio virá do Porto apitar até Bragança e esta será a última estação, não tendo continuidade para mais nenhuma localidade. Mas o PSD não quer que assim seja e entende que a ligação a Zamora e Madrid deve ser feita pela região e não pelo centro do país, como está no documento. Por isso, apresentou uma moção, que foi aprovada, a reivindicar isso mesmo, explica o presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias. “A reivindicação pelo traçado Porto-Vila Real-Bragança-Zamora-Madrid devia ser interpretado como o melhor traçado para a região Norte, para ligar a Espanha. é importante que toda a gente perceba que a região de Trás-os-Montes não pode ficar para trás, novamente, neste processo da ferrovia, sob pena de nos acontecer o que nos aconteceu há anos. Temos bem esta experiência de uma linha que chega a Bragança e pára. Não queremos que se repita”.

Foi ainda aprovada uma moção, apresentada pela CDU, para que os trabalhadores da MULTITRAB ao serviço da Resíduos do Nordeste entrem para os quadros da empresa intermunicipal, responsável pelo lixo. Em Dezembro os funcionários estiveram em greve, que acabou suspensa porque a administração se mostrou disponível para negociações. Mais de um mês depois e ainda não houve reuniões para discutir o assunto, segundo Hernâni Dias, também presidente da Resíduos do Nordeste. “A Resíduos do Nordeste tem tido a preocupação de, quando são os procedimentos concursais que são lançados, incluir uma clausula que obrigue qualquer prestador de serviços a ficar com os trabalhadores que transitam da empresa anterior, se houver mudança, com todos os direitos e garantias que tinham à época. Não há ninguém que perca direitos pelo facto de mudar de empresa. Foi assumido o compromisso de discussão deste assunto, de entrarem para os quadros”.

O município vai financiar com 245 mil euros o funcionamento do Brigantia Ecopark, uma incubadora de empresas que tem actualmente mais de 360 trabalhadores. As receitas geradas são provenientes do pagamento de rendas das empresas instaladas. O espaço já começa a ficar pequeno para a procura que tem e prevê-se que seja criada uma nova infraestrutura. “Não temos espaço para muitas mais empresas e já vamos tentando fazer uma reorganização para que consigamos encaixar aqueles que nos têm procurado. Estamos a pensar em poder vir a desenvolver uma segunda unidade idêntica à do Brigantia Ecopark. Temos ali um terreno ao lado”.

Foi ainda questionado por um membro da assembleia o futuro da Torralta, um edifício devoluto há vários anos na cidade e que é do domínio privado.

A assembleia municipal de Bragança aconteceu na passada sexta-feira.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais