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PCP questiona Governo sobre Plano de Mobilidade do Tua e quer que projeto seja entregue a empresa pública

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Seg, 21/07/2025 - 08:25


O Grupo Parlamentar do PCP questionou o ministro das Infraestruturas e Habitação sobre esta matéria, a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz-Tua

O Grupo Parlamentar do PCP continua preocupado com o impasse em relação ao Plano de Mobilidade do Tua, que contemplaria a reativação de cerca de 30 quilómetros da desativada linha do Tua, entre a Brunheda e Mirandela, bem como passeios de barco na albufeira que submergiu cerca de 20 quilómetros da ferrovia. Esta era a principal contrapartida pela construção da barragem, que começou a funcionar em 2017 mas que nunca foi cumprida.

Jorge Humberto Fernandes, da CDU, e cabeça de lista à Assembleia Municipal de Mirandela, considera que o Governo não deveria ter entregado este plano a empresas privadas e que o deve assumir, de uma vez por todas, público. “Continuamos à espera que o Governo tome uma decisão e, a nosso ver, aquilo que está em cima da mesa é que se devem deixar os conceitos do liberalismo e que seja a CP, uma entidade pública, a garantir este projeto”.

A parte turística do plano foi concessionada, em 2016, ao empresário Mário Ferreira. Recebeu 10 milhões de euros para investir no Vale do Tua mas nada avançou.

Jorge Humberto Fernandes diz que a justiça tem de ser feita mas que a população não pode continuar à espera que o comboio volte a apitar naquela linha. “Quero acreditar, porque acredito num país desenvolvido, que é o meu, que as responsabilidades têm de ser declaradas e investigadas. Se houver razão para que estas entidades respondam perante a lei, é isso mesmo que tem de acontecer”.

Até agora, Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Alijó e Murça continuam a aguardar que o plano se implemente mas, aparentemente, este não anda por causa de alegadas complexidades burocráticas, que envolvem entidades regionais e nacionais, públicas e privadas, nomeadamente a CP – Comboios de Portugal, a Infraestruturas de Portugal, o Instituto da Mobilidade Terrestre, a EDP e a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, que integra os cinco municípios afetados.

O Grupo Parlamentar do PCP questionou o ministro das Infraestruturas e Habitação sobre esta matéria.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves