Observatório de Interioridade criado em Bragança

PUB.

Seg, 05/07/2010 - 09:29


A cidade de Bragança vai acolher um Observatório de Interioridade. A novidade foi avançada pelo director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no encerramento do terceiro Curso de Direito e Interioridade. As ideias parecem estar pouco definidas, mas Eduardo Vera-Cruz explica o que pode vir a ser esse Observatório de Interioridade.  

“Não sei o que é que vai ser exactamente o observatório” confessa. “O importante é que não tenha gabinetes, realidades materiais, vai ser sobretudo uma realidade construída por pessoas. Vamos ser se conseguimos aproveitar infra-estruturas já existentes e há muitas em Bragança”.

“Vamos trazer professores, dar-lhes projectos e temas e tentar elaborar projectos legislativos, dar alguma substância às soluções que propomos” explica, acrescentando que “o observatório vai procurar a história e as linhas de continuidade de uma autonomia local que se quer construir como um direito próprio de quem está nas autarquias”.

 

Além do Observatório foi também anunciada a criação de uma Pós-graduação em Direito e Interioridade com créditos de equiparação a mestrado, fazendo o aproveitamento dos licenciados pré-Bolonha. “São pessoas que fizeram as suas licenciaturas e têm agora a possibilidade de ser mestres sem precisar de se deslocar a Lisboa ou a Coimbra” salienta Eduardo Vera-Cruz. “A faculdade deslocar-se-á aqui para dar aulas em Bragança de uma pós-graduação com créditos que depois são inseridos na parte escolar do mestrado, facilitando a que essas pessoas ascendam ao grau de mestre e quiçá ao grau de doutor” acrescenta.

 

O observatório vai funcionar em parceria entre a universidade e a câmara de Bragança onde se vai agora procurar um espaço para o acolher.

“Decidiu-se avançar com mais duas iniciativas, seguramente com carácter duradouro” salienta o presidente da câmara. Em relação à criação do Observatório de Interioridade, Jorge Nunes adianta que “já está a ser organizado na biblioteca da Faculdade de Direito enquanto não definirmos o local concreto em que será instalado em Bragança” conclui.

Escrito por Brigantia