Ninguém quis o matadouro de Bragança

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Qua, 11/01/2012 - 10:58


O concurso aberto pela Câmara de Bragança para privatizar a exploração do matadouro ficou deserto. O concurso internacional para a concessão da gestão da empresa Terra Fria Carnes, que integra o matadouro terminou no início de Novembro. Agora, a autarquia brigantina vai abrir um novo concurso. O vice-presidente da Câmara de Bragança, Rui Caseiro, afirma que o caderno de encargos foi consultado por algumas empresas, mas não foram apresentadas propostas.

“Este aberto durante o período mínimo e terminou a 3 de Novembro o prazo para apresentação de propostas. Durante o tempo em que esteve aberto tivemos conhecimento que 15 empresas consultaram o caderno de encargos, mas no entanto nenhuma delas apresentou proposta. Neste momento não sei os motivos. Sei pelo menos de um operador que consultou o caderno de encargos e que me disse que não teve tempo suficiente para analisar o caderno de encargos. O facto de não ter aparecido nenhuma proposta neste período não é motivo para que nós não coloquemos de novo este processo em concurso”, realça o vice-presidente da Câmara. Rui Caseiro realça que em 2011 a actividade do matadouro sofreu um aumento significativo, o que poderá incentivar os operadores privados a apresentar propostas para a gestão do matadouro. “Os elementos respeitantes à actividade prestada e desenvolvida em 2011 também são animadores para eventuais interessados. No ano 2011 foi uma viragem completa, numa recuperação do serviço de abate. Comparando com 2010 só no abate de bovinos houve um aumento de 74 por cento da actividade, ou seja passámos de 310 toneladas em 2010 para 539 toneladas em 2011. Há aqui um aumento significativo e esse aumento foi verificado não só no abate de bovinos, mas também no abate de ovinos e caprinos e no abate de suínos”, contabiliza o autarca. Caso não apareçam privados interessados em exploração o matadouro, Rui Caseiro garante que a Câmara vai manter-se como sócio maioritário da empresa Terra Fria Carnes. “Pensamos que existem condições para que haja interesse da parte dos operadores privados. A Unidade está em pleno funcionamento e caso não haja operadores interessados a empresa manter-se-á em funcionamento, porque ela desempenha um papel muito importante na economia do nosso concelho”, garante Rui Caseiro. 

O novo concurso deverá ser aberto em Fevereiro e deverá manter-se o caderno de encargos, que contempla a concessão da exploração por um prazo de 15 anos e a integração dos 10 trabalhadores da Terra Fria Carnes. Todo o passivo da empresa será assumido pela CMB, que é o único sócio da empresa.

Escrito por Brigantia